Cyrus
A névoa ainda não havia se dissipado por completo quando senti o elo se reabrir. Um fio tênue da mente de François tocou a minha, como um murmúrio no escuro.
A princípio, ignorei, ocupado demais verificando os mapas redesenhados com as coordenadas das fendas energéticas na barreira. Mas a pulsação súbita, a tensão latente, obrigou-me a parar.
“O que aconteceu?”
“Majestade, acabei de voltar ao castelo. E trouxe um prisioneiro.”
A voz do meu general estava tensa. Mais do que o usual.
Me afastei da mesa da sala de guerra, meu corpo movendo-se com precisão felina até o vitral da torre leste. Do alto, pude ver a movimentação no pátio interno. Sombras Negras posicionando-se em alerta, dois deles carregando uma figura desfalecida, envolta em correntes de aço negro, seladas com runas antigas. Meu sangue ferveu antes que François dissesse qualquer outra coisa.
“Ele estava morto. Como esse pedaço de lixo está aqui?!” perguntei irado.
“Precisamos conversar. A Luna da Lua Negra o trouxe