Capítulo 72 Cortina de Fumaça

Marcel

O cheiro de podridão havia sumido. O ar agora era espesso, mas limpo, como o de uma floresta logo depois da tempestade. Minha garganta ardia. Cada célula do meu corpo doía, latejava, como se tivesse sido reconstruída a partir de cinzas. E, talvez, tenha sido mesmo.

Acordei no chão de pedra, nu, com manchas de sangue seco e lama nas pernas. Meus ossos pareciam diferentes, mais... firmes. Minha respiração soava como um trovão preso no peito. Olhei para o teto irregular da caverna e senti uma presença.

— Ravena?

Minha voz saiu rouca, ferida.

O nome surgiu do nada, mas me atravessou como lâmina aquecida. Por que pensei nela? Por que... sentir seu nome era como lembrar da própria existência? Onde ela estava?

Tentei me levantar, mas a tontura me fez cair de joelhos. Foi então que percebi. Eu não fazia ideia de onde estava. Nem por que estava nesse lugar.

Uma mulher de cabelos platinados e olhos azuis correu até mim. Celeste. A Luna. Havia uma cicatriz que cortava o lado esquerdo de
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