A floresta se calou de repente.
Um silêncio espesso, antinatural, caiu sobre nós como uma mortalha. Cyrus parou, as garras enormes envenenadas surgiram, emanando faíscas, o cabo de Palius surgiu nas sombras, os olhos varrendo a névoa adensada. Eu senti, no fundo do meu ser, que aquilo não era um simples ataque.
Era algo muito pior.
Uma presença faminta. Maléfica, perversa. E tristemente familiar.
De dentro da bruma, surgiu Marcel.
Ou o que restava dele.
Seu corpo era uma caricatura do que já foi. Pele rasgada, veias pulsando com energia escura, os olhos negros como breu e as garras tão longas que arranhavam a terra a cada passo. Uma fumaça pútrida se desprendia de sua carne corrompida. A magia profana fervia ao redor dele como um halo maligno.
Um rugido explodiu de sua garganta.
Eu não hesitei nem por um segundo. Toda a dor e a revolta voltaram com força total. Meu coração ardia nas chamas da vingança.
Laha tomou meu corpo em um fluxo devastador, meus ossos estalando, minha carne se r