Cyrus
O cheiro de ferro pairava no ar.
A manhã era de um cinza lívido, e as ameias do castelo de Northshore se afogavam em brumas pesadas, como se a própria natureza pressentisse o que estava por vir.
Eu estava parado diante do vitral da torre leste, observando a neblina se desdobrar sobre a floresta abaixo, quando senti. A marca.
Não era qualquer vínculo. Não era um acasalamento por escolha, ou um selo mágico entre aliados. Era um elo de companheiros destinados.
François.
Fechei os olhos, sentindo o peso daquela revelação bater contra minha consciência como uma rajada de vento glacial. A mente dele tocou a minha, como se soubesse que eu havia percebido. Abri o canal mental entre nós com firmeza, sem sequer disfarçar a tensão na minha voz:
— Você marcou alguém. — Minha mente bradou no silêncio absoluto da ligação. – Espero que eu esteja errado, e não seja Mercedes.
Do outro lado, o general não hesitou. Sua resposta foi crua, firme e honesta.
— Ela é minha companheira, Cyrus. Mercedes