Prya
Desde aquela noite em que quase a perdemos… minha alma nunca mais silenciou.
Não sei explicar exatamente o que senti quando Ravena caiu nos braços do rei, o sangue escorrendo por entre os dedos dele, o corpo dela mole como um pano encharcado e os olhos... vazios. Foi como se o mundo se partisse. Como se a própria lua se escondesse de vergonha por permitir que tamanha injustiça tocasse a Rainha.
Mas ela voltou. Ela foi forte e venceu aquele mal.
A questão é... aquela Ravena, minha Alfa, não voltou.
Voltou alguém com o rosto dela, com a voz doce e firme que me dava forças nos momentos mais difíceis.
Mas o cheiro... o cheiro estava errado. Não falo da ausência de sangue ou da marca de magia, falo da essência. Ravena sempre cheirou a floresta viva, a luar entre folhas, a essência Lycan e relva molhada.
Agora, há algo estranho por baixo. Algo que não me abandona quando ela entra no salão.
Tenho observado, a distância. Como a guerreira que fui criada para ser.
Não é desconfiança, é