18.

James observava pela janela do escritório enquanto o sol começava a se pôr, tingindo o céu com tons alaranjados e rosados. Lá fora, Lilly estava sentada na escadinha dos fundos da casa, rindo com Emily, que tentava fazer bolhas de sabão maiores que ela mesma. O som da risada da filha misturado à de Lilly preenchia os espaços vazios que, por tanto tempo, ele fingiu não notar.

Suspirou, afastando-se da janela. Estava se permitindo sentir demais, pensar demais. Ela era doce, dedicada, gentil — e completamente fora dos limites que ele mesmo impusera. Mas quanto mais tentava manter distância, mais a presença dela o alcançava.

O jeito como ela se envolvia com Emily, como conhecia seus horários, suas preferências, como a fazia sorrir… Ele não via aquilo há tanto tempo que havia esquecido como era.

Tentou se concentrar nos contratos sobre a mesa, mas as palavras se embaralhavam. E foi então que ouviu a porta da cozinha se abrindo, seguida de passos leves no corredor. A voz de Marlene veio em
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