47.
O carro atravessou o último trecho de estrada antes de entrar na pequena cidade onde Lilly crescera. A paisagem, antes dominada por campos e matas, deu lugar a ruas tranquilas, casas simples e coloridas, e um ar familiar que fazia o coração dela bater mais rápido. Emily olhava para tudo com a curiosidade de quem descobria um mundo novo, enquanto James, atento, absorvia cada detalhe com um meio sorriso.
— É aqui… — Lilly disse, quase num sussurro, mas com os olhos brilhando.
Emily, com o rosto colado ao vidro, apontou para um grupo de crianças jogando bola na rua. — Mamãe Lilly, você também brincava assim?
— E como! — ela riu. — Ficava até minha mãe me chamar dez vezes para entrar.
James tocou a mão dela brevemente. — Dá para ver que esse lugar carrega muito de você.
Quando estacionaram em frente à casa da mãe de Lilly, o aroma doce do jardim bem cuidado se misturava ao som distante de passarinhos. Antes mesmo que Lilly tocasse a campainha, a porta se abriu revelando sua mãe, com um so