— Sebastian, eu... — As palavras travaram na minha garganta. Eu não fazia ideia do que dizer. Como poderia? Como se explica um furacão que tomou conta do peito?
— Cale a boca, mulher. — ele disse, e antes que eu pudesse reagir, seus lábios tomaram os meus.
Foi um beijo calmo, mas faminto. Como se ele esperasse por aquilo há muito tempo. Seus lábios macios se moldaram aos meus com uma precisão que me fez esquecer do mundo. E então sua língua tocou a minha, e meu corpo inteiro se acendeu. Senti como se flutuasse, como se ele me tivesse arrancado do chão com um simples gesto. Quando ele se ajoelhou à minha frente, sem romper o beijo, minhas mãos foram instintivamente à sua nuca, puxando-o mais para mim, como se eu quisesse me fundir a ele.