— Por que caralhos você me obrigou a vir? — Jessica reclamou ao meu lado pela milésima vez, cruzando os braços como uma adolescente contrariada.

— Porque eu me recuso a passar duas horas com o cretino sozinha — resmunguei, desviando o olhar para o outro lado da recepção.

Lá estava ele. Sebastian, em toda sua glória, enchendo um copo d’água no bebedouro, como se fosse protagonista de uma propaganda de perfume caro. A recepcionista praticamente escorria pelo balcão enquanto o observava, com os olhos arregalados e um sorriso idiota que me deu vontade de arrancar com um tapa.

— Não entendo o drama — Jessica murmurou, sem nem tentar ser discreta. — Quer dizer, ele é gostoso pra caralho.