Uma luz se acendeu na minha cabeça bem no meio do turbilhão de pensamentos e da tensão no meu corpo.
Ele me encurralava, literalmente e emocionalmente. O cretino estava ali, usando aquela voz baixa e rouca para dizer que me queria. Como se esquecesse convenientemente de tudo que já me disse antes.
Porque sim, ele já havia deixado claro – com todas as letras e toda a arrogância possível – que, para ele, eu não passava de uma distração temporária. Que no máximo me colocaria em sua cama para depois me descartar como quem troca de terno.
E agora estava ali. Com aquele corpo digno de um Deus nórdico, me olhando como se eu fosse seu próximo jantar.
Mas se tem uma coisa