—Sim, é incrível, admito. Mas você realmente não tem a aprovação de Leonel? Você fugiu ou algo assim? — tenho que questionar — Ele é seu pai, se preocupa com você. É natural.
—Eu sei... mas às vezes é tão sufocante. Minha mãe teve que convencê-lo, e eu tive que lembrá-lo que não devia fazer comigo o mesmo que meu avô fez com ele. Daí veio o ultimato.
—Que bom que vocês chegaram a um acordo. Quando é o seu voo? — percebo que não ofereci nada a ela — Você jantou? Quer algo para beber?
—Sai de madrugada e... — de repente o sorriso de Sara desaparece e ela olha aterrorizada para o meu sofá.
Olho na mesma direção, o que ela está observando é Amy que está se escondendo atrás do sofá. Ela espia timidamente, acho que pensa que não estamos vendo. Rio.
—Amy, não precisa se esconder. Venha cumprimentar minha amiga, Sara — convido.
Minha sobrinha sai do esconderijo, caminha com o rostinho voltado para o chão até onde estamos. Coloco minha mão sobre seu ombro.
—Oi... sou... Amy... Amy... Belmonte —