Ignorei suas advertências. Fui até as últimas instâncias com Anfisa, que me chantageou: se não fugíssemos juntos, ela não me daria o banco de dados fundamental para a operação. Esse que ela tinha roubado por seu amor por mim. Fugi com ela, o resto é história. Nos pegaram, me torturaram suspeitando da minha identidade real. Mas fui salvo pelo gongo.
Minha agência me forçou a me retirar da minha posição, minha família me obrigou a assentar a cabeça pensando que esta era uma aventura sexual que foi longe demais.
Eu iria dar a eles o prazer de fazer o que queriam? Não. Nunca. No dia em que Leonor morreu, morreu a última pessoa a me dar ordens. Toda minha vida adulta havia vivido fingindo ser alguém que não era e mentindo. Fingi seguir suas ordens com minha própria agenda.
O plano era simples dentro do possível. Assumiria este disfarce de homem e empresário regenerado para estabelecer uma vida em um novo país. Que nesse país, eu comprasse a empresa do marido da minha mãe, era uma "coincidên