O retorno à realidade é triste, mas necessário. Eu tinha voltado à Belmonte Raízes para retomar a rotina e desta vez com a mão esquerda com dois anéis de valor talvez maior que meu pequeno apartamento, esse que eu ainda continuava pagando. Ironias da vida.
—O que você está fazendo aqui, Marianne Belmonte?! — exclama Giana que estava passando pela minha mesa. Ela tem uma expressão de surpresa. Se aproxima de mim — Eu te imaginava decorando e dando seu toque ao seu novo apartamento de luxo!
Não presto muita atenção ao argumento dela, estou analisando pela quinta vez os contratos de venda do New Century. Em algumas horas, fecharíamos a tão aguardada venda.
—Uma empresa de mudanças está cuidando de levar minhas coisas e arrumá-las. Não tenho tempo para mudanças, nem redecoração desnecessária. O apartamento está bom assim — revelo, atenta ao meu computador.
—Deve estar mesmo. Você não alugou uma propriedade cinco estrelas? — ela se encosta no meu cubículo.
—Foi isso mesmo.
Ela pega a cadeir