—Não conversamos sobre o que Anfisa te deu quando estava enlouquecida de paixão por você. O que você tirou dela para que ela se sentisse uma mártir?
Aqui sinto seus ombros tensos, e sua boca também.
—O que ela poderia me dar além de momentos íntimos intensos? Era isso que você queria ouvir? Como ela preencheu meus problemas maternos? Se quiser que entre em detalhes, farei isso, mas você vai se arrepender depois, Marianne.
—É mesmo? E por que ela e você me disseram que estamos sendo vigiados?
Acerto com meu questionamento, Luciano fica mais tenso do que nunca. Não me fala, não me responde. Aqui é onde surge a teoria que estive construindo nesta noite sem dormir.
—Você foi uma espécie de informante?
De repente, a dureza de Luciano se evapora. Segue-se uma grande gargalhada que deve ser ouvida fora da nossa suíte.
—Admito que gosto mais dessa acusação do que a de ser infiel. Pode se explicar melhor para mim — apoia animado seu queixo na mão.
—Minha teoria é que... você roubou informações