As vozes dos meus colegas de sala ainda ecoavam pelo corredor quando meu celular vibrou dentro da bolsa. Pensei em ignorar, afinal, estávamos no meio da aula, mas quando vi o nome do hospital na tela, meu estômago se contraiu. Saí da sala de fininho e atendi de imediato, com a respiração presa.
— Alô?
A voz do outro lado era séria demais para o meu gosto. O coração disparou antes mesmo de ouvir as palavras.
— Senhorita Granger? Aqui é do hospital. Poderia passar aqui? Queremos atualizá-la sobre a sr. Granger, a sua mãe.
— Estou indo para aí agora. — respondi, com a voz tremendo, e temendo pelo pior.
Não ouvi mais nada. Meu corpo inteiro entrou em alerta, como se o mundo tivesse perdido o som por alguns segundos. Só consegui juntar minhas coisas em silêncio e sair quase correndo da sala.
O trajeto até o hospital pareceu mais longo que de costume. A cada sinal vermelho, sentia vontade de descer e ir a pé, como se a pressa fosse capaz de mudar o que me esperava.
Quando