ESTE LIVRO NÃO ESTÁ 100% REVISADO, PODE ACONTECER DE ENCONTRAR ERROS NO MEIO DA LEITURA. Diana, vê sua vida mudar radicalmente quando assume a responsabilidade de cuidar de seu irmão mais novo, Noah. Desesperada por encontrar uma solução temporária para seus problemas financeiros, ela toma uma decisão que parece ser a saída: vender seus óvulos para uma clínica de fertilização. No entanto, o que era para ser apenas uma solução rápida se transforma em um de evento imprevisíveL. Do outro lado, Ares, um homem movido pelo desejo ardente de se tornar pai, recorre a uma barriga de aluguel para realizar seu sonho. Ele acredita que esse passo garantirá seu lugar no mundo da paternidade, protegendo-o do inevitável passar do tempo. No entanto, o destino prega suas próprias surpresas. A barriga de aluguel escolhida tem seus planos subvertidos quando seus óvulos são retirados acidentalmente, resultando em uma colega de trabalho recebendo o embrião. À medida que os caminhos de Diana, Ares se cruzam, tentam lidar com as consequências do destino, os personagens descobrem que a vida tem uma maneira única de desafiar suas expectativas e de mostrar que os laços que os unem podem ser mais fortes do que nunca imaginaram. Com reviravoltas emocionantes, dilemas éticos complexos e uma narrativa envolvente, este romance nos leva a questionar o que realmente significa ser uma família e como os laços que nos ligam podem ser forjados de maneiras que nunca poderíamos prever. Um Recomeço para o Papai é uma história de transformação, aceitação e o poder surpreendente do amor que transcende todas as circunstâncias. Prepare-se para uma jornada emocional que ficará gravada em sua mente muito tempo após a última página.
Leer másCom o coração acelerado, me apressava pelo corredor. Cada passo que dava era mais rápido que o anterior. Sabia que o tempo era crucial e precisava agir rapidamente para evitar qualquer desfecho desastroso.
Lá, encontro meu irmão deitado na cama, ainda dormindo. Sua respiração tranquila contrastava com a urgência que eu sentia dentro de mim. Me aproximo dele com cuidado, tentando não acordá-lo bruscamente. Queria protegê-lo, mas também precisava agir com rapidez.
Olhei para o relógio na parede e percebi que não havia tempo a perder. Senti uma mistura de preocupação e determinação encher meu peito. Com delicadeza, sacudi seu ombro suavemente, tentando acordá-lo sem assustá-lo.
— Noah — sussurro, esperando que ele acordasse. Seus olhos se abriram lentamente, demonstrando confusão e sono. Mas assim que viu a expressão em meu rosto, sua sonolência deu lugar à preocupação.
— Diana? — Ele pergunta, ainda sonolento, mas com um toque de alarme em sua voz.
— Temos que sair daqui agora — respondi com urgência — Precisamos nos apressar.
Sem questionar, meu irmão pulou da cama, permitindo que a adrenalina tomasse conta de seu corpo também. Ele confiava em mim e sabia que se eu estava agindo dessa forma, era porque havia uma razão válida.
Me ajoelhando no chão, puxo a mochila com roupas que havia escondido ali, como plano alternartivo e aquele era meu plano alternativo.
Agarrei sua mão e corremos pelo corredor, descendo as escadas o mais rápido que pudemos. Cada passo era impulsionado pela nossa determinação de nos mantermos seguros.
Enquanto nos afastávamos da casa, podíamos ouvir as vozes altas e abafadas. Sabia que tínhamos escapado por pouco, mas também que ainda havia muito a ser feito para lidar com a situação que nos colocou em perigo.
Com o coração ainda acelerado, olho para trás uma última vez, vendo a casa que um dia chamamos de lar. Mas agora, estava cheia de incertezas e perigos ocultos.
— Para onde estamos indo? — Noah pergunta, enquanto mantemos o ritmo pela rua.
Um sorriso oscila em meu rosto, a medida que me esforço para não transparecer a nossa realidade.
— Você não vai acreditar na aventura que nós vamos ter hoje! Lembra dos nossos amigos imaginários? Eles nos chamaram para uma missão especial, e nós precisamos ir até eles o mais rápido possível!
Seus olhos sonolentos se iluminaram de empolgação enquanto ele me olhava com atenção.
— Uau, uma missão especial? Eu quero ir! — exclamou com entusiasmo.
Segurando sua mão com mais firmeza, respondi com uma voz cheia de animação:
— É isso aí! Eles nos esperam em um lugar muito legal, cheio de surpresas e brincadeiras incríveis. Mas temos que ser rápidos, porque eles estão ansiosos para nos ver!
Sentados no banco vazio, com Noah ao meu lado, percebi a calmaria da madrugada ao nosso redor. As ruas estavam desertas e o silêncio era quase ensurdecedor. Olho para Noah, preocupada com a situação em que nos encontrávamos.
— Está frio — Ele reclama, o que me faz fechar o seu casaco fino e passar o braço por cima do seu ombro e o puxar para perto do meu corpo — Apesar da minha inquietação, tentei manter uma expressão tranquila para não assustar Noah — Por que estamos aqui?
— Vamos para a missão, lembra?
Os olhos dele se fixam na rua em frente pensativos.
— E a mamãe?
— Ela vai depois — digo sem ao menos pensar, me mantendo abraçada a ele, esperando que pelo menos cochilasse. Ficaria de vigia por nós dois.
Sentada ali naquele ponto de ônibus, com a brisa suave acariciando meu rosto, me encontrava em um estado constante de alerta. A cidade ao meu redor parecia se mover em um ritmo lento, e eu estava determinada a proteger Noah, a qualquer custo. Seus olhos cansados finalmente se fecharam, e um suspiro de alívio escapou dos meus lábios, sabendo que pelo menos por um momento ele poderia descansar.
No entanto, esse alívio foi acompanhado por uma sensação de responsabilidade aumentada. Agora, era minha tarefa estar ainda mais vigilante, garantindo que nenhum perigo se aproximasse. Meus sentidos estavam em alerta máximo, captando cada som, cada movimento, como se o mundo ao meu redor estivesse prestes a desmoronar.
Meu coração batia forte em meu peito, e uma tensão constante percorria meu corpo. Não havia espaço para distrações, nem mesmo para os pensamentos que tentavam invadir minha mente.
Cada segundo parecia se arrastar, mas me recusava a deixar o cansaço me dominar. A responsabilidade de proteger Noah era maior do que qualquer fadiga que pudesse sentir. Eu era sua guardiã, sua protetora, e faria tudo o que estivesse ao meu alcance para garantir sua segurança.
À medida que o tempo passava, minha mente divagava sobre os perigos que poderiam nos rodear. Eu imaginava situações perigosas e criava planos de fuga em minha cabeça, caso algo inesperado acontecesse. Meu instinto de sobrevivência estava em pleno funcionamento, e estava determinada a enfrentar qualquer desafio que viesse em nosso caminho.
Eu sabia que o mundo poderia ser cruel e implacável, mas enquanto eu estivesse ali, nada nem ninguém tocaria em um fio de cabelo do meu irmão. Nós enfrentaríamos tudo juntos, e eu não permitiria que nada nos separasse.
Abraço meu irmão com mais força, deitando minha cabeça no topo da sua cabeça, em uma tentativa falha de fazer com que não sentisse frio. Xinguei em pensamento, diante de toda a raiva que estava sentindo naquele momento, minha mãe. Sempre soube que não era uma mãe normal, mas não se importar com os estados dos casacos de Noah, havia transbordado meu corpo de paciência, o inferno estava se aproximando e mais uma vez teria que ir em pontos de doações, para conseguir alguma coisa quente para ele.
Depois de algum tempo, o céu começou a criar outra tonalidade, mais pessoas começaram a transitar pelas calçadas e me senti alerta para pegar o primeiro ônibus que passaria por ali.
— Noah — chamo baixo, sacudindo levemente seu corpo. Ele semicerra os olhos e olha ao redor, antes de voltar o olhar para mim — O ônibus já está vindo — Forço um sorriso, fazendo um grande esforço para isso. Erguendo a cabeça, vejo ao longe um ônibus se aproximando, não me importo em saber qual era seu destino, só queria ir para o mais longe dali.
Segurando a mão de Noah, dou sinal para o ônibus, e lhe lanço mais uma vez um breve sorriso, querendo transparecer algo que estava além da nossa realidade: que estava tudo bem. Mesmo nós dois intimamente, tendo certeza que as coisas não iam bem há muito tempo.
Havia relutado o máximo que consegui. Lutei contra mim mesmo até não aguentar mais e me apeguei ao fato de que poderia lidar muito bem com a paternidade solo e o luto por Abby.— Você precisa sair dessa casa um pouco, Ares — diz George certa vez pelo telefone, andava de um lado para o outro balançando gentilmente Charlotte.— Charlotte precisa de mim.— Charlotte está bem, Ares. Agora você... não acho a mesma coisa — diz com a voz firme. A presença de Charlotte em minha vida era algo tão significativo e especial que não conseguia me imaginar longe dela. Ela havia se tornado um pilar de força em meio a todas as dificuldades que estávamos enfrentamos com a doença de Abby. Cuidar dela preenchia um vazio que eu não sabia lidar ainda, e eu temia perder isso.Cada vez que pensava em perder Charlotte, uma onda de angústia e medo percorria meu corpo. Eu não queria que algo de ruim acontecesse com ela, e a ideia de enfrentar mais uma perda na minha vida
3 meses depois Minha vida não havia voltado a ser como era antes. Muito menos eu. Há três meses atrás, saí do hospital que havia tido a bebê com uma enfermeira e uma babá que havia sido contratada por Ares. Obviamente eu não queria mais nada que me lembrasse de Ares, então foi fácil dispensar as duas mas, um pouco complicado para devolver o cheque com o restante do dinheiro do “acordo”. Fui devolver pessoalmente na empresa, mas fui informada que Ares estava de licença por tempo indeterminado.— Por quê não podemos ficar com a bebê? — Noah me questiona certa vez, durante o banho.— Ela está com a família dela agora.— Mas ela estava na sua barriga! — Ainda era complicado explicar para uma criança de 8 anos tudo o que aconteceu e como aquela bebê não nos pertencia, o lugar dela não era conosco. Noah demorou para se adaptar a nosa antiga realidade, assim como eu. Em uma manhã, enquanto
— Ela é perfeita — Abby sussurra com um sorriso, deixando que as lágrimas escorram livremente.Me aproximo, fixando meu olhar na nossa filha, suas mãos acariciam carinhosamente a pequenina. A sensação de que, de alguma forma, aquela era a nossa família, fazia com que tudo ao redor parecesse mais nítido e significativo.— Ela é a coisa mais linda que já vi — diz digo com a voz embargada. — E pensar que há pouco tempo nem imaginava que seria pai.Ela assenti comovida, compartilhando da mesma incredulidade que eu. Enquanto nossos olhos permanecem grudados na pequena criaturinha em nossos braços, eu sentia que aquele momento era a prova de que, mesmo diante de tudo que aconteceu, estávamos ali juntos, prontos para enfrentar o mundo como uma família. Abby olha para mim com um brilho nos olhos, e sei que ela também está sentindo toda a magnitude desse instante. Nossa filha está finalmente conosco, serenada pela doçura da voz de sua mãe, e é como se o mundo parasse por um mo
— O quê?! Não! — Minha voz soa alta e estridente, a medida que olho para o médico obstetra que estava acompanhando a minha gestação e Ares — A bebê não pode nascer agora. Ainda falta um mês. Um mês!— O bebê não irá correr risco algum se nascer antes. Está saudável e dentro dos paramêtros — diz o médico calmamente, como se induzir partos de repente fosse normal. Em um dia estava pedindo que o tempo parasse um pouco, que pudesse permanecer mais um tempo grávida, sonhando em como é se tornar mãe e ter uma família e, no outro por mero capricho de Ares, para me manter longe dele e principalmente da família, queria que induzissem meu parto, que simplesmente arrancasse aquele bebê de mim. Olho para Ares um pouco distante, com as mãos dentro dos bolsos da calça e de cabeça baixa.— Ares — chamo, tentando atrair sua atenção, mas ele não me olha — Não faz isso — peço baixo.— Prometo que dentre algumas horas, estará livre de uma gestação e que logo seu cor
Sinto um arrepio percorrer meu corpo ao me afastar de Diana, a respiração ofegante e a sensação de calor ainda me dominando. Observo ela com um misto de admiração e inquietação, tentando entender o que acabou de acontecer entre nós.— Desculpe.. — murmuro, ainda sem saber exatamente o que dizer. Minha mente está confusa, já não me reconhecia.Diana olha para mim, seus olhos brilhantes e expressão serena. Ela sorri levemente, como se compreendesse a intensidade do momento que acabamos de compartilhar. É como se houvesse uma conexão entre nós que vai além do racional.— Não precisa se desculpar, Ares — diz suavemente, seus olhos fixos nos meus. — Às vezes, as coisas simplesmente acontecem...Tento controlar a aceleração do meu coração e raciocinar claramente.— Nós... não podemos deixar isso acontecer novamente — digo, lutando para encontrar as palavras certas. Saio da cozinha rapidamente, subindo os degraus da escada o mais rápido que conseguia, me sentindo culpado po
Junho Os dias se arrastavam lentamente naquela casa. O silêncio parecia preencher os espaços, ecoando pelos corredores e quartos vazios. A rotina era marcada por momentos de introspecção e reflexão, enquanto eu tentava me adaptar à nova dinâmica daquela família peculiar.Noah, com sua inocência e energia, conseguia trazer um pouco de vida ao ambiente. Ele passava boa parte do tempo brincando no jardim, explorando cada cantinho da propriedade. Seus risos e voz infantil eram uma fonte de alegria em meio ao cenário sombrio que nos cercava.Enquanto Ares continuava a cuidar de sua esposa, eu tentava encontrar meu lugar naquele ambiente delicado. A presença de Abby, ainda era limitada, pois sua saúde debilitada a impedia de estar mais presente. Duas vezes ao dia, ia ao quarto de Abby, para compartilhar detalhes sobre a gravidez e responder às suas perguntas curiosas. Ela demonstrava um interesse genuíno pelo bebê em meu ventre, o que era de se esperar. Já que era o
Último capítulo