Após doze anos fôra do país Rebecca está de volta. aquele lugar com certeza traz a tona muitas lembranças ruins. Atormentada por pesadelos constantes ela terá que supera-los para ser feliz, em busca de respostas ela se depara com o amor, a traição é o ódio e ela terá que tomar a difícil decisão de se entregar para salvar o amor da sua vida.
Ler maisDepois de dez anos morando fora do seu país Rebecca Bianchi se tornara uma grande atleta em lutas marciais, praticando todas elas e competindo em grandes torneios.
Desde os acontecimentos daquela noite que ainda hoje a assombram em pesadelos recorrentes. Rebecca resolveu que precisava saber se defender. Herdeira da grupo empresarial "Exxon O'Neal" considerado maior grupo no país e fora dele, Apesar do título de princesa sua imagem estava longe de aparentar isso. Depois de 20 minutos ali no aeroporto, parada olhando para o horizonte relembrando o passado conclui que se seu pai não houvesse exigido sua presença naquele lugar ela jamais voltaria. Por fim chama um táxi e diz. _ Para Lagoa das garças por favor. Derrepente o motorista olha para trás com olhos arregalados e quase lacrimejando exclama! _Rebecca, Becca Bianchi ? meu Deus !!! e mesmo você._ O homem trazia um brilho nos olhos e um largo sorriso no rosto. _ Pode dar- me um autógrafo? Apesar de morar fora do país Rebecca o representara nas competições olímpicas, rendendo lhe fãs por toda parte. _Claro, onde posso autografar? _ Nos bancos por favor_ diz o homem sem exitar. Rebecca sorri olhando aquele transporte de luxo com bancos em couro marfim. _Mas irá danificar seus bancos. _ Estou decidido, jamais venderei este carro. Rebecca tira uma caneta permanente da bolsa e começa a desenhar atrás do assento do carona, passando para o assento do motorista e depois se virando para autografar no encosto do seu próprio banco. Ao terminar, aquele carro por dentro parecia ter recebido um artista de graffiti um hobby de Becca, com frases de agradecimento e declarações de amor a seus fãs. _Chegamos. declara o homem saindo para abrir lhe a porta e ajudar com as malas, todo orgulhoso olhando para o interior de seu carro. Eles estavam estacionados em frente a mansão dos Bianchi. Rebecca tirou as chaves da bolsa queria fazer uma surpresa a seu querido tio, ele a criara desde os doze anos e mesmo depois que saira do país o seu tio ia com frequência visita- la embora fizesse dois anos que não o via. Ela entrou naquela casa que passara toda a sua adolescência a conhecia muito bem, ouviu vozes da sala de jantar onde parecia estar acontecendo uma reunião. Ouviu os gritos do tio sentado a mesa furioso com Henrico seu primo. _ Acaso não sabes fazer nada direito? _ Ainda imprudente primo? Rebecca fala parada a porta. Os homens se viraram para olha- la um tanto surpresos sabiam que ela viria, mas apenas a esperavam dali a uma semana. _Becca! exclamou Marciano abrindo os braços para sobrinha, mudando a expressão no rosto. _Ora! ora! pessoalmente estas ainda mais bela_ disse Henrico lançando lhe um olhar sedutor. _Ao que vejo não mudou nada primo_ Rebecca abraçou os dois confessando. _ É bom estar em casa. Enquanto isso na Exxon O'Neal, Bryan passa pela secretaria visivelmente nervoso, sem parar diz. _Diga a Alessandro que o quero em minha sala agora. Em menos de um minuto Alessandro entra sem bater na porta. _ Tio o que houve? antes que Alessandro continuasse Bryan o interrompeu. _ Ela chegou, minha filha está no país e está com aquele miserável. falou com irritação, Bryan e Marciano eram inimigos declarados embora tivesse que se suportar diante da mídia e da sociedade. Bryan continua. _Alessandro tem certeza de que pode fazer isso? disse olhando nos olhos dele. _ Caso não possa diga agora, encontrarei outra forma de afasta-los de minha filha. _Tenho certeza de que posso fazer tio não se preocupe. Alessandro tinha um olhar sombrio, ainda se lembrava dos dias em que passara na prisão por causa de Rebecca, mas Bryan o havia salvado daquele lugar horrível e tinha apagado todos os registros em seu nome para que seu futuro não fosse arruinado, deu- lhe formação, ações em seu nome, ele o transformara em um homem respeitável e rico e estava prestes a se tornar presidente da empresa, então teria que encontrar uma forma de fazê-la sofrer sem tocar nela. _ Alessandro! Alessandro! Bryan o chamava, por um momento estivera preso por um devaneio. _ O que está acontecendo com você afinal? perguntou Bryan irritado _ Se ela não aceitar a proposta? Alessandro perguntou parecendo ainda estar longe. _Tenho certeza que aceitará, aquela família não irá perder a chance de conquistar todas as ações da Exxon e para isso a convencerá. Os dois se despediram e cada um foi para sua casa, já passavam das 20:00 horas e ainda permaneciam no escritório. No caminho de volta Alessandro estava com um olhar distante não parava de pensar em como ela estaria ou como se vingaria dela, mas tinha uma certeza ele a faria pagar. Sentiu seu estômago roncar e foi então que se deu conta de que estava apenas com o café da manhã parou na frente do "La pasta Felice" um renomado restaurante que Rebecca adorava e que ele evitava a todo custo temendo as lembranças do passado. suspirando fundo cedeu a seu estômago que roncava cada vez mais forte, entrou e foi levado em direção a uma sala reservada, pois apesar de não entrar ali há anos, aquele restaurante pertencia a um amigo de infância e todos sabiam. O " La pasta Felice" era mesmo um lugar único, por dentro haviam várias salas privadas, todas separadas por paredes de vidro, onde era possível ver a sala ao lado se as persianas estivessem abertas, em cada uma delas um tapete fofo era estendido no chão, a mesa era baixa e os ocupantes se sentavam no tapete para fazer sua refeição, lembrando um pic- nic, a única parede ao fundo era desenhada e em cada uma delas havia um desenho diferente tornando única, aquele lugar era mesmo muito romântico. Mesmo inconformado Alessandro se deixa levar pelo metre e logo e recebido pelo amigo. _ Alessandro! entre que bom te ver. intrigado depois de cumprimenta- lo Gael pergunta. _Alessandro há algo de urgente para estar aqui? _Sim ._ Alessandro responde ainda pálido pelas lembranças. _Diga- me estás doente o amigo o olhava assustado. _Sim estou morrendo de fome. os dois riram abraçados e Gael o levou a única sala onde não era possível vê-la por dentro estando do lado de fora.Tudo está preparado para a festa, as casas por serem todas na cor champanhe ficaram incrivelmente charmosas com os telhados cobertos por luzes amarelas... Michael observava cada detalhe agora a luz do dia... queria que como sempre tudo fosse perfeito... pois aquele dia marcava a data da primeira colheita daquele povo que um dia foram escravos do homem fora da lei que fôra seu pai de criação...ele se sentia orgulhoso por ter libertado aquele povo que agora os chamavam de seu. Andie e Patrick se aproximam dele...suas expressões não são das melhores... _Mick precisamos conversar... Patrick é o primeiro a falar. _O que há de errado? Mick pergunta enquanto se aproxima. _Vamos pra casa lá poderá ver com seus próprios olhos...os três entraram no jipe se Patrick e em 20 minutos estavam no escritório da casa que parecia um pequeno castelo. _Então fala de uma vez... Michael fala já impaciente. Andie passa por ele apontando a poltrona na frente da tela do televisor preso a parede e o liga
Alice estava na entrada da aldeia...pela primeira vez depois que deixara Michael, sentia que sua vida realmente tinha algum sentido... talvez o fato de Alessandro ser tão parecido com Michael em alguns pontos a fizesse se sentir mais feliz...a verdade que apesar de sentir-se magoada, jamais pôde se relacionar com outros homens...e também tinha Noah...ela não queria que ele se apegasse a alguém que depois poderia simplesmente desaparecer. _Prometa que independente do que acontecer entre você e o Michael nunca o deixará... ele...ele... _Não se preocupe, jamais o magoarei...ele a puxou para um abraço. _É simplesmente incrível, como eu me sinto segura e feliz com você. _Seria porque eu sou um homem forte, lindo e charmoso, sem nem nenhum traço de psicopatia? Ela gargalhou, enquanto o puxava para o centro da aldeia. _Então foi aqui que se escondeu do Michael? _Fui criada por meu pai, mas minha mãe é índia então pude me afastar de tudo. _Mamãe... você voltou...um lindo garoto de cab
Alessandro e Alice saíram do bar e caminhavam por um parque, onde pessoas se exercitavam... crianças corriam...e casais namoravam...eles iam em silêncio. _Sabe...tivemos um filho...ela confessou... Alessandro sabia, mas queria ouvir a história dos lábios dela. Eles se sentaram na grama de frente para um lago, a tranquilidade de suas águas contrastava com os sentimentos de ambos. _Quantos anos ele tem agora? ele fingiu não saber. _Ele está com quatro...meu pequeno...ele é minha vida...se não fosse por você...as lágrimas correrem pelas bochechas coradas dela... Alessandro a envolveu em um abraço... sentia-se culpado por tê-la salvo apenas para usá-la em seu plano de vingança. _Desculpe...ele murmurou, fazendo-a se afastar de deu peito para encara-lo. _Porque está me pedindo desculpa...salvou minha vida...agora posso ficar com meu filho... não me pediu nada em troca disso. _Mas eu apenas fiz com a idéia de usá-la em um plano de vingança...e isso é cruel não é? _Mas então
Alessandro enviou um detetive que vem acompanhando todos os passos de Michael e Rebecca e enviando fotos e documentos a respeito dos dois... a cada foto ou vídeo enviado sente o ódio crescente em seu peito...agora está com mais um relatório em suas mãos com os relatos dos últimos acontecimentos...sentado em um bar a horas pensando se continua com esse martírio ou se simplesmente segue em frente...devido as imagens e vídeos onde constantemente Michael a carrega em seus braços pensa que ele de fato conseguiu conquistar o coração dela em tão pouco tempo...sente seu coração destroçado e seu olhar é de puro ódio...as olheiras são visíveis...seu corpo agora magro e sua aura é sombria...perdido entre abrir ou não aquele envelope, não percebe quem o observa. Alice do outro lado do bar o observa...pensando que jamais imaginara que o homem pelo qual Michael abriu mão do seu amor para fazer-lo sofrer acabara de salvar sua vida...achava os incrivelmente parecidos e pela aparência do homem a sua
Depois de deixar todas as coisas em ordem e Bryan estar se recuperando bem, Gael se prepara para ir até Rebecca e promete ao pai que a trará de volta..ele deixa o hospital e segue com Drika para o aeroporto com destino a América, irá ao endereço informado por Dianna. Rebecca sente-se em meio a um turbilhão de sentimentos...odiava Michael por tudo que fez a ela, mas não conseguia deixar de sentir tristeza por ele...achava que o pai era o único culpado por todas as suas dores...e até seria capaz de perdoa-lo, não fosse pelo pequeno ser que crescia em seu ventre, lembrando-a até onde a ira do homem havia chegado..as palavras de Patrick a respeito do comportamento de Alessandro não lhe saía da cabeça e atormentava seu coração...ela se recusara sair do quarto por três dias desde que chegara, não queria se familiarizar com aquele lugar...aquela não era sua casa e aquelas pessoas não eram seus amigos...mas ela havia feito um pacto com Patrick e sabia que em breve ele viria lhe cobrar que c
Rebecca ouvia tudo atentamente e sentia um peso em seu coração ao imaginar a criança que aos sete anos perdera o pai, a mãe a segurança de um lar indo parar nas ruas sozinho e desprotegido...com um gesto de proteção levou sua mão ao ventre querendo transmitir segurança aquele pequeno ser que ali crescia... Michael vendo que ela continuava em silêncio continuou. _Depois de alguns anos Pablo foi pego e morto em uma emboscada, não que Michael ou qualquer outra pessoa nessa vila tenha sofrido por isso, o homem era cruel e tratava a todos com pulso de ferro...aqui ele fôra tratado pelo homem que dizia ser seu pai com requintes de crueldade, para que assim ele se tornasse tão ou mais cruel que o próprio Pablo..._Mas depois que o homem se foi ele conheceu Alice e o amor, os dois se apaixonaram e Mick lutou contra toda a máfia para libertar todos dessa vila que eram escravizados e forçados a trabalhar no tráfico pelo Pablo... foram tempos de uma guerra sangrenta, essa região era muito luc
Último capítulo