Beatrice acordou naquela manhã com a sensação de estar aprisionada dentro de um destino que não escolhera. As criadas já sussurravam sobre a pressa dos preparativos, os jornais não falavam de outra coisa além do beijo escandaloso no baile, e a cada instante ela sentia mais o peso da sociedade empurrando-a para o altar.
Tia Marigold, naturalmente, estava exultante. Desde o instante em que Oliver Cavendish atravessara a porta para pedi-la em casamento, a boa senhora transformara-se em general, distribuindo ordens sobre vestidos, convites e datas, sem se importar com os suspiros exasperados da sobrinha.
— Minha querida, quando menos perceber já estará casada e instalada em Hensley Hall. — dizia tia Marigold, abanando-se teatralmente. — Um destino invejável, devo acrescentar.
Mesmo contra sua vontade, Beatrice sabia que precisava lidar com os detalhes do casamento. E o primeiro destino era a residência da condessa viúva de Cavendish, avó de Oliver — alguém que Beatrice conhecia bem e esti