capítulo 65

Marco Ricci

Eles acham que eu estou morto. Foi esse o maior presente que Mangano me deu. Não a redenção. Não o perdão. Mas o esquecimento. Fingir que eu tinha desaparecido me permitiu viver. Me reinventar. Criar um filho fora da escuridão.

Pelo menos por um tempo.

Da janela do meu escritório , outro nome, outra cidade, outro rosto , vejo os prédios como peças de um tabuleiro. Vincent sempre foi um bom jogador. Frio. Calculista. Um predador educado em jaulas de ouro e aço.Agora, ele está me caçando.

Julian encontrou a foto mais cedo do que eu esperava. Talvez Francesco quisesse isso. Talvez quisesse puni-lo com a verdade que sempre temeu.Ou talvez… quisesse puni-lo comigo.

Toco o porta-retratos que mantenho em segredo, escondido atrás de uma estante de livros de capa falsa. A mesma imagem, mas em outra moldura. Nós três. Eu, … e ele. Pequeno, no colo da mãe. Não é Vincent.

É o outro. Meu filho. O único erro que jamais me arrependi de cometer.

Quando fugi, levei comigo tudo o que podia
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