Vincent
Julian entrou na sala sem bater. O olhar dele dizia mais do que qualquer palavra.
— Ela não apareceu nos nossos radares antes. Nenhum registro ligado diretamente à Giulietta ou à família dela — ele falou, jogando um tablet sobre a mesa. — Mas agora temos um rosto.
A imagem era nítida, Mirella de pé em frente ao espelho da boutique e, ao lado dela, a mulher. Alta, expressão delicada, olhos de vidro. O tipo de beleza que te faz baixar a guarda.Mas eu aprendi a nunca confiar em belas embalagens.
— Nome? — perguntei, sem tirar os olhos da tela.
— Elena Rossetti. Nome limpo, documentação perfeita, passaporte italiano recente, entrada nos EUA há quatro meses. Mas... — Julian deslizou para a próxima imagem. — Aqui está o detalhe, o sobrenome de nascimento da mãe dela é Bellini. Filha de uma prima direta do patriarca que fundou o clã de Giulietta. Minha mandíbula travou.
— Então é sangue do sangue.
— Exato. E não é uma peça solta. Desde que Giulietta caiu, parte da família dela sumiu