Giulietta
As luzes do galpão abandonado piscavam, criando sombras nas paredes sujas. Eu gostava daquele lugar. Velho, esquecido… exatamente como me senti quando Vincent me jogou fora como se eu fosse descartável. Mas ele se esqueceu de uma coisa: Mulheres como eu não somem.
Elas retornam.
Marco estava atrasado, como sempre. Entrou com aquele ar arrogante, mexendo nos punhos da camisa como se estivesse prestes a assinar um contrato milionário, e não tramar um golpe contra o próprio primo.
— Você está sorrindo demais pra alguém que ainda não venceu Marco. — disse, cruzando as pernas.
Ele me lançou um olhar de quem queria me matar ou me foder. Talvez os dois.
— Eu tô sorrindo porque você finalmente decidiu se mover, Giulietta. Por quanto tempo você achou que poderia espioná-lo sem fazer nada?
— Eu espionei por você, querido. Mirella já se sente ameaçada. Vincent está instável. E agora... agora é o momento perfeito pra separar os dois.
— E o que você sugere?
— Vamos mostrar quem é Mirella