Aaron
Assim que saí da clínica, a raiva ainda pulsando em minhas veias, peguei o telefone e liguei para Rebecca. Precisava vê-la, como se ela pudesse me manter no controle.
Ela atendeu após vários toques, sua voz doce e curiosa.
— Aaron? Está tudo bem?
— Sim... Quer dizer, não. — Passei a mão pelo rosto, tentando organizar os pensamentos. — Pode me encontrar na porta da sua escola?
Houve um momento de silêncio, como se ela estivesse tentando entender o pedido repentino.
— Claro. Estou saindo agora mesmo.
Suspirei de alívio.
— Obrigado. Estou a caminho.
Dirigi para a escola de artes, os pensamentos correndo desenfreados. Eric. Paolla. Toda aquela traição. Não queria que Rebecca soubesse dos detalhes naquele momento. Não queria assustá-la antes de encontrar as palavras certas.
Quando cheguei à frente da escola, Rebecca já estava lá, esperando. Mal estacionei e ela estava ao lado do carro, segurando a maçaneta. Assim que entrou, me olhou com preocupação.
— O que aconteceu, Aaron?
Eu não