— Por que você parece que abandonou a sua alma? — Amara riu ao encarar Pietro largado no sofá. — Havia muitas garotas deslumbrantes na ilha?
Para não ser má influência, ela cobriu as orelhas de Théo enquanto dizia aquilo.
Ao ver Amara chegar, Pietro se levantou de imediato e encarou o menino, ainda emburrado.
— Você tem coragem de me perguntar isso? — bufou. — Pergunte ao seu filho! Pergunte como ele me torturou hoje!
Théo piscou, os grandes olhos inocentes brilhando como se não tivesse culpa alguma.
Amara olhou primeiro para Pietro e depois para o garotinho, mas sua convicção foi imediata:
— Pare de falar bobagem! O que isso tem a ver com meu bebê?
Pietro ficou indignado. Era impossível acreditar que aquele diabinho fingisse tão bem de anjinho.
— Ei, seu pestinha! Pare de se fazer de inocente! — resmungou, decidido. — Vou expor a sua verdadeira face!
Astuto, ele se abaixou, pegou o quadro de anotações que Théo havia jogado no chão e colocou nas mãos de Amara.
— Veja com seus próprios