O homem que segurou Laíza pela cintura e a salvou usava uma jaqueta preta, cabelos levemente desgrenhados e um rosto de beleza magnética, capaz de atrair tanto homens quanto mulheres.
O mais hipnotizante, porém, eram seus olhos claros, semicerrados em uma indisciplina preguiçosa, mas que transmitiam uma frieza inquietante, como se nada pudesse verdadeiramente penetrar em seu coração.
Cruel ou não, ele era fascinante.
Um encanto proibido.
Praticamente um íncubo maligno, vindo à Terra apenas para enfeitiçar mortais.
Laíza sentiu que havia escapado por um fio. Com seu orgulho, era impossível imaginar como enfrentaria a vergonha de cair diante de tantos olhares. Graças àquele estranho, escapara de um vexame irreparável.
O aperto firme em sua cintura trouxe-lhe uma estranha sensação de segurança. Quando ergueu os olhos, encontrou-se diante daquele par de olhos encantadores.
— Você está bem? — perguntou ele, a voz baixa e serena, mas cortante como aço polido.
Qualquer outro homem teria tent