O silêncio entre eles pesava como uma muralha.
Amara engoliu em seco, tentando esconder a tensão que a dominava. E, numa tentativa desajeitada de quebrar o clima, falou rápido demais:
— Haha… Pitter, sua mira é incrível! De verdade, fiquei impressionada! Mas… você não acha que foi um pouco extravagante? Aquele vaso devia valer caro, não?
Os olhos dele não se moveram, frios como gelo.
— Se não quer falar sobre o que aconteceu, não precisa.
As palavras caíram como uma sentença. O peito de Amara afundou.
— Então é isso… Se eu não confessar, você vai cortar todos os laços comigo. — A voz dela saiu fraca. — Não estou sendo nada justo contigo…
Respirou fundo. Não havia mais para onde correr.
— Você lembra do acidente com o adereço, quando Melissa se feriu? — começou, a voz trêmula. — Pois bem… o mestre de adereços está espalhando que eu o subornei para trocar as peças. Ele exige que eu assuma algo que não fiz. Se isso for adiante, minha carreira acabou… e pior, posso parar na cadeia.
O ro