As malas estavam feitas, o set vazio, e o silêncio que restou parecia um lamento coletivo. Nenhum sorriso. Ninguém se despediu com entusiasmo. Depois de tanto tumulto, o diretor R. Edich não teve escolha: deu dois dias de afastamento para Melissa — uma pausa forçada para que ela tentasse recuperar o equilíbrio.
Amara, já sem a maquiagem, estava pronta para sair quando a porta do camarim se abriu devagar. Melissa entrou sem fazer barulho. Os braços cruzados, o olhar cortante. A voz veio carregada de desprezo:
— Amara, eu jamais imaginei que você pudesse ser tão... desonesta.
Amara ergueu uma sobrancelha e sorriu com doçura — aquele tipo de doçura que goteja ironia.
— Desonesta, eu? — Seu olhar escorregou lentamente até o machucado leve no braço de Melissa. O sangue seco ainda marcava a pele. Um “presente” de Áurea Liss? Com um piscar de olhos inocente, Amara completou: — Foi você quem escolheu tão bem sua parceira de equipe, não foi?
Melissa cerrou os dentes. A raiva apertou seu peito c