Pietro, com aquele ar maroto que só ele tinha, sorriu como se esperasse uma recompensa.
— Um mês de férias — anunciou Pitter, generoso.
A resposta foi recebida como um prêmio. Pietro quase dançou no meio da sala.
— Irmão… se continuar assim, vai desperdiçar a chance da sua vida! — disse ele, com um arrependimento exagerado. — Por que não avançou de vez na Amara? Que desperdício…
Pitter lançou-lhe um olhar gélido, de soslaio.
— E você acha que isso resultaria em quê?
— Hm… — Pietro levou a mão ao queixo, pensativo. — Você sempre usou o Théo como desculpa pra se aproximar dela sem assustá-la. Se agora você mostrar sua armadilha… Amara vai correr quilômetros pra longe de você.
Pitter permaneceu em silêncio. Aquilo, por mais verdadeiro que fosse, não era agradável de ouvir.
Na noite anterior, ele tinha agido por impulso. Queria entender o que Amara sentia por ele… mas bastou um movimento, um olhar dela — cheio de medo e recusa — para que ele recobrasse a razão num segundo.
Se não tivesse r