O interrogatório de Lenno Bráz fez Amara franzir a testa, desconfortável com a insistência dele.
— E daí se eu estiver indo ver o Pitter?
Lenno deu uma volta, irritado. Depois, parou em frente a ela, com os olhos faiscando.
— Amara, você tá desistindo da sua vida? Vai mesmo brincar com o Pitter? Não tem medo de se queimar mexendo com esse tipo de fogo?
— E desde quando brincar com fogo é proibido? — ela retrucou, a paciência já no limite. — O que isso tem a ver com você?
— Você... — Lenno quase explodiu, mas se conteve. Bateu com força no pilar atrás dela, os dentes cerrados de raiva e frustração. — Amara, não quero te assustar. Só tô tentando te lembrar do óbvio: esse tipo de envolvimento pode dar muito errado. Você sabe quem é o Pitter? Ele não é como aqueles riquinhos com quem você costumava sair.
Ela revirou os olhos, com um meio sorriso cínico.
— Você acha que eu sou idiota? É claro que eu sei quem ele é.
— Mesmo assim, você continua...?
— E daí? Vai fazer o quê se me ver dormindo