— Por quanto tempo você pretende ficar? — perguntou Pitter, com um tom sereno, mas que carregava a firmeza de quem está acostumado a comandar.
Lenno Bráz se ajeitou na cadeira. Assumiu uma postura mais ereta e respondeu com sinceridade:
— Se tudo correr bem, devo permanecer na capital de forma definitiva. Muitos vão para fora em busca de experiência, mas acredito que nosso cinema nacional está crescendo como nunca. É aqui que eu quero estar. É aqui que eu preciso crescer.
Pitter fez um leve aceno de cabeça, em sinal de aprovação.
Lenno soltou o ar, aliviado. Logo mudou de assunto, tentando quebrar a formalidade:
— E o Théo, como está?
— Bem — respondeu Pitter, sem se alongar.
— Que bom! Trouxe uns brinquedos pra ele… E também alguns presentes pra você. Ia fazer uma visita amanhã, mas não imaginava que você viria aqui primeiro.
Enquanto falava, Lenno já abria a bagagem com certa pressa, tirando os pacotes que havia separado.
— Obrigado — disse Pitter, aceitando os itens com gentileza, m