Lenno Bráz observou Amara por um instante e franziu a testa. O cansaço estampado no rosto dela era impossível de disfarçar.
— Por que está tão exausta? A coletiva de hoje não foi planejada até os mínimos detalhes? — perguntou, com a voz baixa, mas carregada de preocupação.
Amara recostou-se no sofá, jogando os braços para trás como se desistisse de se manter firme.
— A culpa é sua! — retrucou, meio emburrada, antes de erguer o olhar e encará-lo. — Quero te perguntar uma coisa… Naquele dia, Pitter realmente me beijou?
Lenno ergueu a taça de vinho, tomou um gole e respondeu com solenidade exagerada:
— Se eu estiver mentindo, que eu queime todos os meus consoles de videogame! Depois desta noite, nunca mais encosto em um!
Amara arqueou uma sobrancelha, como se a promessa fosse suficiente.
— Ok, eu acredito em você.
— Ah, claro! — Lenno explodiu, indignado. — Você tem meu número, Amara! Quantas vezes eu te disse para verificar as mensagens? Mas não… você nunca escuta! Ele está brincando