Lenno Bráz, com a expressão abatida, perguntou em um tom quase inaudível:
— Mas me conta. Seja sincera, Amara. Você… quer ficar com ele?
Amara arregalou os olhos, surpresa com a pergunta direta, e respondeu sem hesitar:
— Como eu poderia?! — suspirou, em seguida. — Eu sei a diferença entre nós dois.
Lenno franziu a testa, insatisfeito com aquela resposta evasiva.
— Não é isso que eu quis dizer. Não estou dizendo que você não é boa o bastante… mas Pitter é perigoso, Amara. O ambiente da família dele não é seguro para você.
Amara sorriu de leve e balançou a cabeça.
— Lenno, obrigada por se preocupar comigo. Mas eu conheço meu coração.
Ela o interrompeu antes que ele pudesse insistir, sua expressão já voltando ao normal:
— Fique tranquilo, não estou agindo por impulso. Eu sei exatamente o que estou fazendo e no que devo me concentrar.
As palavras dela atravessaram Lenno como uma lâmina. Em vez de sentir alívio, ele se afundou ainda mais. Era como carregar uma âncora no peito, um peso impo