O passado tinha deixado suas marcas, mas Russo ainda se achava um injustiçado, alguém que merecia ser visto e que Sombra pela personalidade que tinha havia o perseguido por não conseguir entender que aquele episódio no bar era coisa de homens, algo normal.
Foi o que disse na época quando foi interrogado.
— Meu, ela queria, a gente também. Ninguém a forçou a nada, aliás tinha mais de dez meninas bem mais bonitas do que aquela gordinha e não tocamos em nenhuma. Foi uma transa, fizemos um favor, ela estava carente.
— Ela tinha dezessete anos seu imbecil!
— Dezessete? Pois estava bem acabada, ate as tetas estavam caídas!
Russo ainda se lembrava da surra que levou no dia em que teve aquela conversa com o antigo subchefe, ficou oito dias hospitalizado, mas não havia o que discutir, Sombra já era um dos homens mais respeitados desde antes de ascender ao poder.
Agora, finalmente achava que o filho de Sombra o recompensaria por todas as injustiças que acreditava ter passado.
Subiu os degraus a