Jocellyn sentiu frio, pela primeira vez naquelas terras. Ela sentiu um arrepio subir pela espinha. Mesmo nas noites geladas ela estava sempre quente pelo corpo de Kwami colado a ela na rede pequena que dividiam.
O peso das palavras de Fatuma caiu sobre ela como uma pedra pesada demais para suportar, sabia que aquelas terras eram cruéis com as mulheres, já tinha atendido várias e nenhuma delas denunciava, tinham medo. As lágrimas finalmente escaparam pelos olhos vermelhos da médica.
Ela quis duvidar, mas não podia ser injusta com outra mulher, não depois de tudo o que viu e ouviu naqueles meses em que tinha vivido o seu paraíso particular. Havia entendido que até os lugares mais belos podem esconder tristezas e dores terrivelmente feias.
A voz falhou.
— Eu, eu sinto muito.
— Sente? Sente mesmo? Isso não muda nada! Você tem tudo. E eu não tenho nada! Então se realmente sente alguma coisa, pague! Me dê o suficiente para ir embora e nunca mais olhar para trás! Me dê o suficiente para que