A médica se levantou feliz, colocou o caderno de lado, amava aquele pequeno bloco de papeis, Kwami havia feito para ela.
Não era um simples caderno, era um pedaço da alma dele. Foi isso que disse quando a presenteou. Jocellyn havia explicado que precisava de um caderno, algo em que pudesse fazer as anotações para o trabalho, as coisas que aprendia com o nganga e o que descobria sobre as espécies daquele lugar.
— Aqui, nyota, quando eu percebi que estava usando as fibras de coco eu pensei que iria preferir algo em que pudesse lançar as sementes dos ancestrais. Não é tão bonito quanto o que pode comprar e ainda não terminei, mas tem um pedaço da minha alma em cada detalhe e é seu. Queria ter cravado no couro com ferro, mas fiz o desenho.
As folhas eram finas, ele as tirou com paciência das fibras de bananeira, alisou com o peso das pedras mornas do sol. A capa de couro, costurada à mão com linha de sisal, e Kwami desenhou uma estrela bonita e escreveu embaixo NYOTA.
Nunca tinha possuíd