Endi, assim como o pai, gostava de histórias de amor, talvez não com a mesma fé de Sombra, mas as reais, aquelas que enraízam na carne e fazem um homem perder a razão, essas ele apreciava.
Deixou Tank cercado pelos dobermans, os animais não atacariam, mas achou que seria divertido se o soldado acordasse e desse de cara com feras ao invés da mulher que ele desmaiou chamando.
Caminhou assobiando uma canção que adorava, My Way do Frank Sinatra. Pegou um kit de primeiros socorros e avisou ao filho.
— Quer me ajudar a dar alguns pontos?
— Quero!
Edgar nem mesmo entendeu que os pontos seriam em uma pessoa, mas gostava de fazer tudo junto com o pai e o seguiu satisfeito, ganhou uma lambida no rosto de um dos dobermans, com as crianças aquelas feras pareciam realmente animais de estimação.
Endi ensinou o filho como limpar as feridas, mas Edgar não teve força para fazer as suturas, ainda assim ajudou com tudo o que conseguiu.
— Vamos matar ele, pai?
— Acho que não, parece que ele ainda tem uma