Sarah
Paro o carro na garagem de Nina, como faço desde que ela se mudou para um bairro mais próximo do meu.
A casa de fachada azul com delicadas janelas brancas, tem somente uma luz acesa. Desligo o carro e penso bem em como terei que agir daqui para frente.
— Contatou seu advogado? — pergunto.
— Sim. Faça parecer que foi legítima defesa e ele me garantiu que nos tira de qualquer problema em menos de duas horas. — Samuel me responde, muito tranquilo.
— Duas horas? Explicou toda a situação para ele? — pergunto, dividida entre a admiração e a surpresa.
— Sim. Acredita em mim, o cara sabe o que faz. Ele pegou um jatinho para cá e chega em menos de uma hora, ele só advertiu para não exagerarmos. — Ele me responde.
— Sabe que o que terei que fazer para parecer realmente legítima defesa, certo? — pergunto, não querendo deixar nenhuma ponta solta.
Samuel olha firme pela janela do carro e vejo o seu maxilar trabalhar freneticamente.
— Um único golpe, Sarah — ele diz autoritário e estou pronta