Eu não sabia o que eles estavam conversando. Uma parte de mim-curiosa, inquieta-queria desesperadamente ouvir, mas a outra lembrava que era errado. Tentei, com todas as forças, focar em outra coisa desde que eles foram para o jardim atrás da casa, aquele espaço quase mágico onde o mundo parecia mais calmo, mais simples. Um refúgio de paz. Mas desde que pisei naquela casa, minha mente parecia embaralhada, como se alguma coisa ali tivesse bagunçado meus pensamentos. Eu não conseguia pensar direito, muito menos agir como deveria.
Então ela apareceu-sua mãe-exatamente como ele havia dito. E os dois seguiram para o jardim. Um incômodo cresceu dentro de mim. Eu tinha quase certeza de que estavam falando sobre mim. Nunca fui o tipo intrometida, mas quando o assunto era eu, era como se a curiosidade ganhasse vida própria. Depois de andar pela sala tantas vezes que parecia que eu ia abrir um trilho no chão, decidi. Bem devagar, caminhei até mais perto da porta de vidro. Ela poderia me denuncia