Não dava para acreditar no que tinha acontecido - no que eu aceitei fazer. Era como se uma parte de mim estivesse em choque, tentando entender onde tudo aquilo começou a mudar. Talvez o mais difícil fosse justamente separar as coisas. Porque, em qualquer momento, em qualquer lugar, eu sabia que veria aquele homem com outros olhos. Ele não era só meu chefe agora. Ele era meu namorado.
Ele me pediu em namoro. Com aquele jeito calmo, aquela voz baixa que fazia meu coração falhar uma batida. E eu disse sim.
Mas o quanto isso era errado?
Se as pessoas soubessem... Meu Deus. Se a mãe dele soubesse - embora, pela forma como ela me olhou, como sorriu, eu quase podia jurar que ela aprovava. E isso só tornava tudo mais confuso. Porque por mais que eu quisesse me convencer de que estava tudo bem, uma parte de mim insistia em questionar: como eles iriam me ver? Como uma oportunista? Uma mulher se aproveitando da bondade de um homem que... que só sabia amar.
Eu me importava demais com esses detalh