Ela só queria esquecer. Traída pelo noivo e pela melhor amiga, Selene afundou em uma noite de álcool e mágoas. Mas o destino tinha outros planos… Naquela festa, ela se entregou a um estranho. Ou melhor… achava que era um estranho. O que ela não sabia é que ele a observava desde o dia em que ela o salvou, no Natal de muitos anos atrás. Ela era uma garotinha de 8 anos. Ele, o herdeiro da família mais poderosa de Florença. E agora, ele voltou. Obcecado. Implacável. Determinado a fazer dela sua. Ele esperou anos por ela. E agora, vai tê-la. A qualquer custo. Será que o passado pode ser o começo de um novo fim? “O desejo que ela esqueceu… ele jamais apagou.”
Leer más12 Anos atrás
Véspera de natal Eu estava aborrecida, queria poder continuar lá fora brincando com a pequena borboleta azul, era a primeira que eu via e me fascinei, pós azul é minha cor favorita. Não é coisa de meninos, meninas também gostam de azul. Olho para Donatella, minha irmã que está prestando muita atenção a peça, talvez ela somente esteja fingindo prestar atenção á uma peça teatral que nós, eu e minha família vemos em todos natais, eu acho exagero, mas mamãe sempre nos obrigada a vir, nunca perdi nem se quer uma missa da igreja, tanto que até ja havia sabia a peça de coro e eu era somente uma criança de 8 anos. porém mamãe era á mamãe, ela sabe o que é melhor para todos. Balançava meus pés no ar, me comparando a Donna, ela era mais alta e muito bonita, enquanto eu levava bronca por ser curiosa demais, Donna sempre recebia os elogios da mamãe, e bem as broncas eram justificáveis. Observo tudo com curiosidade e noto rostos novos, havia uma família sentada em nossa frente, um homem tão grande como papai e do lado dele uma mulher de cabelos ondulados, mas era o garoto que não tirava o olhar de mim que me interessava, seus cabelos pareciam pequenos caracóis dourados e seus olhos pareciam mel. Tal como eu ele parecia não querer estar ali, olhando para tudo menos prestar atenção ao milagre de natal, a mãe dele segurou seu pulso e sussurrou algo fazendo ele ficar quieto, não me contive e acabei sorrindo chamando sua atenção, ele me olhou feio e me mostrou a língua. Que garoto abusado, devolvo seu gesto mal educado e dona Kátia, minha mãe, pareceu notar e lançou um olhar afiado, sorri fazendo carinha de anjo, porém mamãe não comprou aquele sorriso. — Isso não são modos. — diz ríspida apertando meu braço, o garoto sorri como se tivesse vencido uma batalha me deixando irritada. — Mas mamãe, foi ele quem começou! — Aponto pro garoto e a mãe dele se vira me encarando, minha mãe se apressa em baixar meu braço sorrindo sem graça para a mulher. — Se comporte se não você fica de castigo por um mês. — Eu conhecia minha mãe e sabia que ela não estava blefando, então resolvi me calar. — Um mês de castigo por ter revirando os olhos para mim. Bufo irritada olhando prós meus sapatos, ragazzo maledetto, insulto mentalmente, por culpa dele ficarei de castigo. Fiquei me remoendo até o final da missa. Assim que a missa terminou mamãe segurou meu braço, me arrastando para fora da igreja, olhei para trás vendo Donna conversando animada com o papai. — Bom dia. — Nos viramos encontrando a mãe do garoto mal educado, o segurando da mesma forma que mamãe me segurava e isso me deixava feliz, pelo menos eu não seria a única a ficar de castigo. — Bom dia, me desculpa pelo comportamento da minha filha, ela não costuma ser assim. — Mamãe pede me apertando ainda mais. — Eu quem devo desculpas à senhora, conheço meu filho, sei que ele não é flor que se cheire. — A mulher loira e um pouco mas alta que mamãe diz. — Ele está assim por causa da mudança, somos novos no bairro. — Kátia solte a menina. — Papai pede se aproximando e quando nota a companhia sorri amigável. — Bom dia. — Ele cumprimenta, minha mãe sorri largando meu braço e aproveito a brecha para me esgueirar e segurar o braço de Donna apontando pro banheiro. — Vou acompanhar Leni ao banheiro. — Diz e nossa mãe lança um olhar desconfiado mas ela não pode intervir não na frente de desconhecidos. — Não demorem. — Papai diz, mas nós já estávamos longe correndo. O dia não havia corrido como esperado, principalmente assim que mamãe e papai decidiram convidar os novos vizinhos para almoçar em nossa casa, evitei Vinícius a todo custo, esse é o nome do garoto sem sal. Eu estava de castigo mas sei que mamãe não resiste a enviar biscoitos para mãe de Alice, minha amiga, minha única amiga além de Donna. olho para Donna estirada no sofá assistindo desenho, penso em chamá-la mas ela não virá, Donna gosta de implicar com Alice sem motivos aparente, a não ser não vou com sua cara. — Mãe posso ir em casa da Alice? — Faço biquinho e ela suspira, e seu olhar não nega então dou pulinhos internos. — Mande cumprimentos para mãe dela e volte cedo. — Ela me entrega a cesta com a tigela de biscoitos, assinto fazendo continência me preparando para sair — Você ainda está de castigo não pense em chegar tarde. — Sim senhora. — Falo saindo apressada mas não antes de pegar meu lenço favorito, na cor azul florido um presente do tio Pietro o irmão gémeo do papai. Ele passa quase todos os natais com nós, mas nesse ele teve que viajar mas estou ansiosa para abrir os presentes que ele deixou para mim, tio Pietro é como um segundo pai para mim. Cantarolo pela estrada cumprimentando todo mundo com quem cruzo até que vejo uma rapaz, ele parecia grande demais para ser uma criança, talvez ele seja um adolescente. Sua mão enorme pousava sobre um pequeno cachorrinho de pêlo branco, acariciando, se eus cabelos negros caiam em seu rosto tapando seus olha, suas roupas estavam sujas como se ele tivesse andado na lama — Oi. — Aceno sorridente, e o rapaz levanta a cabeça e olha para mim com um vinco em sua testa, seus olhos são tão lindos, o verde cristalino mais bonito que eu já vi em toda minha vida, que meu pai me perdoe. — Tudo bem? Ele continua em silêncio, somente me analisando de forma enigmática, e eu não estava gostando da forma como ele estava me olhando, ele olha de mais, e eu tinha certeza quando disse que ele é um adolescente, mas não parece um. O cachorro dele vem ate mim agitando sua cauda enquanto cheira meu pé, andando em círculos em minha volta até que morde os cadarços e começa puxando. O garoto se levanta e fico boquiaberta percebendo a enorme diferença de altura entre nós dóis, ele é bonito, igual um deus grego. — Sali deixa a garota em paz! — fala me deixando surpresa pelo tom de sua voz grave e profunda parece até um homem adulto. O cachorro que agora sei que se chama Sali, que deve ser uma fêmea continua brincando com o meu pé deixando meu sapato todo babado até que seu dono a segura. — Ela é linda, eu sempre quis ter um cachorro, mas minha mãe não deixa eu ter um animal de estimação. — tagarelo e estendo minha mão — Me chamo Selene, qual o seu nome? — Ele olha para minha mão como se eu fosse um ser de outro mundo. — As minhas mãos estão sujas! — indaga me mostrando. — Eu não me importo. — Aperto sua mão sem sua permissão — Viu não aconteceu nada! — Brinco e ele continua inexpressivo mas sem desviar o olhar de mim. Ele é reservado mas pelo menos não é o idiota do Vinícius. — Você é muito curiosa garota, sua mãe nunca te disse para não falar com estranhos? — Ela não está aqui. — Faço uma piada e percebo que estou rindo sozinha e me calo constrangida. Analiso ele melhor e penso, quanto tempo ele deve ter passado debaixo desse sol, com fome. — Toma não é muito mas vai te ajudar. — Enrolo alguns biscoitos no lenço e entrego a ele. — Você pode guardar o lenço para você, mas guarda bem, um dia desses você me devolve. — brinco. — Agradeço. — Responde me olhando como se eu tivesse feito um gesto invulgar. — Imagina. Tenha um feliz natal e um próspero ano novo garoto que não me diz seu nome. - Sorri recebendo finalmente um sorriso em troca, não era muito mas era alguma coisa. — Feliz natal Selene e um próspero ano novo para você também. — Lembre-se de guardar bem esse lenço, ele é especial. — Falo acenando me despedindo dele e de Sali. — Não se preocupa, eu guardarei. Bem lá no fundo eu sabia que eu nunca mais veria aquele lenço, mas receber um sorriso de alguém que precisava, melhorou meu dia em 100%. Quem sabe um dia a gente não se reencontre, seria incrível. Esse será meu desejo de natal, voltar a encontrar o garoto mistério.A é a maneira que você me admiraM é para a única mulher que vejoO é muito, muito ótimoR é realmente mais do que você adorar a alguémAmor é tudo que eu posso te darAmor é mais do que um jogo para doisDois apaixonados podem fazê-loPegue meu coração, mas por favor, não o partaAmor foi feito para mim e para vocêFalei que o amor foi feito para mim e para vocêVocê sabe que o amor foi feito para mim e para você. — Michael Bublé: L.O.V.EDionísio Se a felicidade tivesse um nome, séria Selene, ela é a mulher mais incrível em todo mundo. As vezes fico sem palavras para expressar os meus sentimentos por ela, ela é tão vibrante e magnética e capaz de roubar toda minha atenção só para ela.Nos casamos no dia seguinte ao incidente da camisinha, foi um casamento simples e de ultima hora mas o mais perfeito que eu poderia pedir, mesmo que fossemos somente nós dóis em um dia chuvoso eu me casaria na mesma, não poderia esperar mas nem um segundo para chamá-la de min
Selene Eu estava me engasgando em meu próprio sangue, sentia ele se esvaziando de mim, me incapacitando, eu tentava gritar. Gritar tanto mas ninguém me escutava. Eu nem sabia que lugar era aquele, mas eu estava sem meu filho e morrendo.Cadê meu filho eu continuava procurando mesmo ferrida, onde fica a saída? Todos os caminhos que eu pegava me levavam até eles." Você não pode fugir Selene " e eu fazia exatamente o mesmo, fugia para longe seguindo o choro de bebê, sem saber de onde ele vinha." Não se perguntou porquê você não morre? " Esbarro na mulher que vem atormentando meus sonhos ” talvez você já esteja morta? " Ignoro ela passando diretamente para frente escutando o som alto do choro do meu filho, me chamando. ” Meus pêsames minha filha." Olhei para o corpinho do meu bebê e eu não conseguia me conformar com aquilo.Era mentira! Era mentira! Era mentira.— Saia da minha cabeça! — Acordo num rompante assustada e suada com meu coração acelerado. Tento me acalmar vendo que estou
Dionísio Três malditas semanas e ela continua sem reagir, mesmo tendo saído da UTI, ela ainda permanece inconsciente. Eu passo todas manhãs com ela e nas noites vou para casa, cuidar do nosso filho como prometi a ela. Damiano é uma criança calma, mas as vezes ele chora que não se cansa, sei que ele sente saudades da mãe dele, meu filho somente se acalma quando coloco um vídeo da Selene para que ele possa escutar o doce som de sua voz e risada.Eu sento ao lado da cama dela, leio para ela, canto, conto pequenos detalhes do dia a dia e como eu sinto a falta dela. De como estou tentando ser forte o suficiente para não sucumbir novamente a escuridão pelo nosso filho, por ela. Por mais que eu finja que tudo está bem e vai ficar, ainda não me conformo com nada disso. As palavras duras que proferi a minha mãe e irmão, eu não estava em meu absoluto julgamento, eu nem sei quem eu era, mas eu disse. Disse coisas horríveis, e eles têm toda razão em me chamar de doente, eu sou doente, louco, p
Dionísio Horas seguidas de horas, o desamparo tomando conta de todos os meus pensamentos, a tristeza e a negação me consumindo sem que eu possa fazer nada, nem se quer mover um dedo para fazer ela sair por aquela porta sorrindo para mim. Estou perdido, caindo cada vez mais na escuridão da minha própria existência, o que será de mim se ela desistir de lutar.Foram duas paradas cardiorrespiratórias, e tudo isso aconteceu bem diante dos meus olhos. Ela estava desistindo de lutar, desistindo de mim. Eu não me perdoaria se isso acontecer. Eu mal conseguiria olhar mais para qualquer coisa que me lembre dela. Por esse motivo, desde que cheguei ao hospital com ela não fui checar se o nosso filho está bem. Mas deve estar, a mãe deu a vida por ele. Então ele deve estar muito bem, e sendo cuidado por profissionais.— Dio... — Encaro Domenico, ele está cansando, acabado e tudo isso vê-se através dos seus olhos, ele teve que lidar com muita coisa desde que o nosso pai saiu da UTI. Todos tivemos.
DionísioO tempo parecia estar correndo mais que o normal, já passavam do meio dia, Briana conseguiu um celular para que pudéssemos localizar, a última mensagem dela foi que selene havia entrado em trabalho de parto e meu medo só ficava cada vez maior, espero encontrar elas a tempo.— Dionísio por favor se encontrarmos eles deixe que nós façamos nosso trabalho não faça justiça pelas próprias mãos.— Ayla repete. o que já está se tornando um hino cansativo.— Se preocupe em fazer o seu trabalho que eu faço o meu. — Olho para baixo vendo um monte de árvores.— Estamos sobrevoando a propriedade. — O piloto diz, e o outro homem nos entrega uma cordas. Prendo o gancho em meu cinto e me jogo do helicóptero sendo seguida por amara.Assim que tocamos no chão o chefe da força de intervenção avança com sua equipe, vejo David vindo em minha direção, segurando uma peça que reconheci como o vestido que ela estava usando no dia em que foi sequestrada.— Eles saíram às pressas. Não devem estar muito
Selene As madrugadas nunca foram tão longas, um minutos pareciam horas, e tudo doía, a dor veio se agravando, cheguei até a morder meu próprio braço contendo os gemidos de dor. Nunca senti tanto medo em toda minha vida quanto hoje. Exatamente hoje que meu filho decidiu nascer. Eu tenho que fazer algo, sair daqui, procurar ajuda, só não posso ter essa criança aqui. Apóio minhas mãos na cabeceira da cama tentando lembrar de qualquer coisa que Dionísio explicava sobre o parto, mas nada vinha a minha cabeça.A porta é aberta lentamente, como se alguém estivesse tentando se esgueirar. Bria passa por ela e coloca um dedo em sua boca " Shhh " um sussurro quase inaudível escapa.— Venha. — Ela gesticula espreitando pela fresta. — Eu preciso que você confie em mim Selene!— Porquê eu cometeria o mesmo erro duas vezes? — Somente um tolo insiste em uma tecla partida, e eu não seria a tola dessa vez. — Pelo bem do seu filho você precisa vir comigo Selene... não temos muito tempo, precisamos s
Último capítulo