Mundo ficciónIniciar sesiónSelene
Acordei sentindo peso sobre minha barriga, em minha cabeca estava tudo tao confuso, eu nem se quer me lembrava da maior parte da noite passada. Bocejei e olhei pro lado e me deparei com um homem dormindo serenamente com a cabeça enfiada na curvatura do meu pescoço.Minha cabeça começou girando, e girando e foi como uma chuva de recordações da noite passada. Meu Deus, eu não deveria ter bebido feito uma condenada.
Levantei o lençol e a primeira pergunta que me apareceu foi o porque de eu estar completamente nua, nós dois estavamos completamente pelados. Retirei cuidadosamente sua mão de cima de mim e sai de fininho. Assim que coloquei os pés no chão senti um ardor no meio das minhas pernas e me curvei para dar uma olhada. Tapei a boca cobrindo o grito de surpresa.Eu estava mais que ferada. Seria o meu fim se a minha mãe descobrisse.
Como eu poderiater ficado tao bebada ao pontor de ter perdido a virgindade?A minha vida não podia ficar pior.
Vi nossas roupas espalhadas pelo chão e levantei seu paletó para pegar meu sutiã e uma aliança dourada caíu rolando até meus pés. Me agachei e apanhei a pequena argola, naquele momento me encarando o homem surpresa e asustada. Ele era casado!Eu perdi a virgindade com um homem casado! Um homem casado!
Meu coracao acelerou e comecei me vestindo com as maos tremulas. Se acalma, Selene. Se acalma.
Mas não tinha como me acalmar quando eu havia tido o melhor sexo da minha vida e o cara é casado.
Tambem era o unico sexo da minha vida.
Ele deve ter uma esposa esperando por ele em casa, filhos talvez.
O que eu estava pensando quando resolvi agir igual uma prostituta. As lágrimas desceram molhando meu rosto e a culpa consumindo cada particula da minha existência.
Eu era mesmo azarada.Horas antes eu havia flagrado meu noivo e minha melhor amiga na cama, como se nao bastasse ela esta gravida e agora eu nao havia feito diferente.
A verdade é que eu havia destruido uma família em somente uma noite?
Procurei pela minha calcinha em toda a parte mas não a encontrei, era o ultimo item que estava faltando. O homem se mexeu e aquilo foi um lembrete ácido de que eu precisava sair dali rapidamente. Peguei na minha bolsa e celular e tinha mais de uma duzia de inúmeras ligações perdidas da minha mãe e algumas da minha irmã.Nem calcei os sapatos somete os segurei e sai correndo daquele quarto. E para minha surpresa e alegria era o mesmo hotel em que minha irmã estava vivendo.
— Selene? — Donna perguntou, surpresa segurando a porta entreaberta.Me jogeui em seus braços tal como quando eramos criança, em busca de consolo e desabei em lagrimas.
— Eu sou uma decepção. — Sussurrei.Ela me acompanhou até o sofá, onde nos sentamos e ela segurou em minha mão.
— Por que você está dizendo isso, onde você estava? — Eu me sinto um lixo. — Meu amor, o que aconteceu? — Nico apareceu bocejando e me olhou surpreso — Selene? — Você pode por favor arrumar um banho para ela? — Donna pediu. — Claro. — Ele assentiu sem fazer perguntas. — Primeiro vamos cuidar de você. — Ela disse e me ajudou a me levantar. Donna não desgrudou nem, se quer por um segundo de mim ate qque estavamos completamnte a sós no banheiro, a banheira ja porta.Tudo que havia restado de mim era uma casca vazia, corrompida pela culpa. Ela foi triando meu vestido devagar e seu olhar foi de horror.
— Quem fez isso com você? — Sua voz saiu grave, carregada de preocupação e um misto de horror. — Alguém abusou de você, fala alguma coisa? Não conegui responder de imediato, as memorias da forma como ele me teve na noite passada ainda estavam frescas em minha memória. Ele foi gentil, foi selvagem, foi incrivelmente bom. Foi como se eu pertencesse a ele e ele a mim.Mas ele era casado. Aquele era o foco e o problema.
— Ninguém abusou de mim! — confessei, baixinho antes de desmoronar novamente. — É tudo culpa minha. Eu so queria esquecer do dia de ontem, bebi demais e acabei transando com um homem casado.— Você o quê? — seu grito foi tao alto qua quase estorou os meus tímpanos.
— Pode gritar para todo mundo ouvir.
— Você não... você...— Sim, eu perdi a virgindande com um homem casado. E so fui descobrir que ele casado porque encontrei a aliança dele.
— Por que você fez isso?
— Raiva! Eu so queria esquecer que encontrei meu noivo fodendo minha merlhor amiga. — gargalhei, alto e amragamente — E Alice esta grávida.— Eu te avisei que ela não era sua amiga.
— Sério Donna, isso é hora?
— Desculpa, mas seria tragico se não fosse comico. — Ela sorriu passando a esponja em minhas costas — Eles não te mereciam. Não se martirize tanto, vai tudo correr bem. — Não vai. Eu transei com um homem casado, provavelmente arruinei uma família! — Olha para mim. — Ela segurou meu rosto — Você não tem culpa de nada, você não arruinou nada, esse homem quem deve ter vergonha na cara por ter traído a esposa e seduzido garotas indefesas. — Fui eu quem seduziu ele, eu literalmente implorei para que ele fizesse sexo comigo. — confessei e ela me olhou chocada. — Me diga que vocês pelo menos usaram camisinha? — Claro que usamos!Eu ainda vejo ele rasgando o pacotinho com os dentes quando fecho os olhos.
— Ainda bem, ficar grávida de um desconhecido não é uma opção. — Nada mais pode piorar depois disso.— Assim espero. E não se preucupa com a mamãe, eu disse para ela que você passou a noite aqui.
— Obrigada. Você é a minha heróina.
— Termine seu banho, descanse e não pense muito, amanhã será um novo dia e tudo isso será passado.
Donna me deixou sozinha e passei o restante do dia evitando ela ou o Nico. Na manhã seguinte ela me levou para casa e nunca mais tocamos naquele assunto.Passamos pelo pequeno portão coberto por trepadeiras logo um caminho de pedra e muitas flores ao redor se desdobrou em nossa frente, era um ambiete familiar, acasa onde crescemos e a casa onde eu ainda moro.
— Minha nossa isso aqui está bem cuidado, as flores estão lindas! – Ela se maravilha tocando nas pequenas e delicadas pétalas de algumas Dálias amarelas, roxas e brancas. — Eu me dedico muito cuidando desse jardim. É a minha vida. – Falei tocando de leve nas petalas das lanternas chinesas acima da minha cabeça. — Parece um conto de fadas.— Mas a mamã não gosta desse jardim, ela so deixa eu manter porque eu ameaço me demitir da floricultura.
— Ignore a mamãe desde que o papai se foi, ela meio que apagou qualquer lembrança dele.
— As vezes eu acho que ela não amava o papai.
— Ta ficando maluca garota, vira essa boca para lá.
Ela deu um tapa em minha cabeça e foi andando na frente. Donnatella ja foi entrando fazendo uo maior alvoroço. — Que bom que vocês chegaram. — Nossa mãe apareceu, saindo da cozinha e abraçou Donna. — Porquê não me disse que estava passando mal? Eu mandaria Vinícius buscar você. — Ela se virou para mim e tocou de leve em meu rosto.A simples menção do nome dele fez meu estômago embrulhar.
— Eu não queria incomodar a senhora. — sorri, contendo o desgosto — Eu já estou melhor mamãe, não precisa se preocupar. — Que ótimo, agora venham me ajudar que temos muito trabalho a fazer. Teremos um grande jantar em família então se apressem. — Quem estará presente nesse jantar? — Donna pergunto, entrando na cozinha. — Que pergunta mais sem sentido querida. — Kátia disse jogando o pano em seu ombro. — As famílias dos seus noivos. Faço uma carreta enjoada e Donna coloca seus braços em meus ombros, sorrindo. — Você não tem nenhuma flor venenosa por aí, assim a gente coloca na comida do Vinícius quando ele vier. — Sussurrou, arrancando uma gargalharda de mim. — Até que não é uma má ideia, mandar aquele traidor mentiroso de arrasta para cima. — Calma garota eu estava brincando, mas vocês dóis devem conversar e acabar com tudo de maneira civilizada. — Acabar com ele eu já acabei, agora ser civilizada eu não serei se ele tentar vir pedir desculpas. — A comida não se prepara sozinha. — Minha mãe gritou apontando para as panelas. — Só não beba de novo hoje está bem! — Donna juntou suas mãos, suplicando. — Ja descobrimos que Selene e bebidas não funcionam então.. modere no álcool. — Não se preocupa que eu não quero saber de bebida por muito tempo, sempre me lasco. Mas dessa vez até o diabo deve estar rindo de mim. — Espera a mamãe te ouvir falando do diabo para ver se ela não te coloca em um convento. — Vira essa boca para lá.






