Cap 286. Contrato insano
Elisa estava de volta ao apartamento, mas a sala silenciosa parecia ainda carregada com o peso do que havia vivido minutos antes. Ela se sentou devagar no sofá, o contrato agora nas mãos, as folhas tremendo levemente entre seus dedos.
Passou os olhos pelas cláusulas mais uma vez, mas era impossível se concentrar. A mente insistia em repetir a imagem dele ajoelhado, o toque que quase a incendiou, o beijo que ainda latejava em sua boca. E, acima de tudo, a voz dele, baixa, segura, exigente, ainda ecoava dentro dela como uma ordem que o corpo memorizou sem permissão.
Ela soltou uma risada nervosa, balançando a cabeça como se tentasse afastar o que sentia.
— Isso é insano, Elisa… — murmurou para si mesma. — Um contrato… para fazer o que ele manda como se minha opinião não tivesse importância? Um mero desconhecido ter posse do meu corpo...
A palavra soou absurda em voz alta. Ela esfregou o rosto com as mãos, tentando recuperar algum resquício de juízo, mas cada fibra do seu corpo a