Cap 285. Apenas uma pequena amostra
Elisa não se moveu. O contrato ainda descansava sobre a mesa, entreaberto como uma promessa. O homem mascarado a observava em silêncio, e quando ela soltou o ar pela boca, lenta, rendida ao turbilhão que ele causava dentro dela, ele se aproximou mais uma vez.
— Tire o colar! — ordenou em voz baixa, firme. — Devagar.
Ela hesitou, os dedos roçando o pingente com a letra em seu colo. A corrente parecia mais pesada de repente, como se carregasse não apenas um nome, mas uma história. Ele fixou o olhar naquela letra, e por um breve instante, um incômodo quase imperceptível passou por seus olhos. Mas logo o foco voltou para ela.
— Por quê?
— Porque eu estou mandando! — respondeu com um leve sorriso, calmo, perigoso. — E se você quer essa amostra, terá que me obedecer.
O gesto parecia simples, um colar, uma peça qualquer. Mas, para Elisa, era como arrancar a própria pele. Aquela corrente não era só metal; era lembrança, era resistência, era tudo o que a mantinha em pé nos dias em qu