Cap 267. Um instante.
Seis meses haviam se passado desde aquela tarde em que Antonella havia dado à luz em casa. A lembrança ainda vivia vívida na memória de ambos, mas agora os dias eram mais calmos, ou, ao menos, pareciam ser.
Naquela tarde ensolarada de domingo, a família decidiu aproveitar um raro momento de descanso no shopping. A praça de alimentação estava movimentada, cheia de famílias com crianças, risadas e bandejas espalhadas por todos os lados.
Antonella segurava Samuel no colo, acariciando suavemente os fios ralos e castanhos que já despontavam na cabeça do bebê. Ele dormia tranquilo contra o peito da mãe, os pequenos dedos agarrando o tecido de sua blusa, o rostinho sereno, redondinho, encantador.
Stella, agora com dois anos e meio, estava agitada. Seus olhos brilhavam diante do barulho, das cores e das vitrines.
— Mamãe! — ela gritou, apontou com os dedinhos. — Olha o doce grandão!
Antonella seguiu o olhar da filha e sorriu: o carrinho de algodão doce estava cercado de crianças com