Do salão, Oliver ouvia os risos, as vozes vibrando em celebração, os brindes que selavam o amor em sua forma mais pura. Estava prestes a caminhar até Antonella com uma taça em mãos, o peito leve de alegria, quando viu o pai se levantar da mesa. O semblante fechado, os olhos percorrendo o ambiente com urgência, até pousarem nos dele.

Foi só um olhar. Mas bastou.

Um arrepio cortou a espinha de Oliver. Um calafrio traiçoeiro percorreu sua pele.

Antes da cerimônia, já haviam lhe alertado sobre a tentativa de Eloisa de entrar no salão. Ele sentiu que algo estava acontecendo, mas não imaginava que sua segurança estivesse tão vulnerável. Como puderam permitir que alguém desconhecido, mesmo com aparência inofensiva se infiltrasse assim?

A taça escapou de seus dedos com um tilintar abafado sobre a mesa mais próxima. Um nó apertou sua garganta, e ele disparou. As pernas correram sozinhas, movidas por um impulso mais forte que o instinto. O coração martelava como se quisesse explodir do