Anna Contini é filha de um dos maiores mafiosos da Espanha e foi prometida ao filho de um clã rival desde pequena. O casamento deve ocorrer quando ela completar 18 anos, sendo parte de um acordo de paz entre as famílias. Viktor Mallardo, com 28 anos, é o filho do mafioso rival e está prestes a assumir a liderança no lugar de seu pai. A união entre Viktor e Anna é vista como a única maneira de encerrar os ataques e conflitos entre as famílias, responsáveis pela morte da mãe de Anna. Com um contrato de casamento de pelo menos um ano, essa aliança pode trazer estabilidade, mas será que o casamento forçado trará a paz que ambos esperam, ou novas batalhas surgirão?
Leer másANNA NARRANDO.
Você já foi forçado a fazer algo que não queria? Eu fui. Meu nome é Anna Contini, filha de Angelo Contini, o chefe da máfia. Acabo de completar 18 anos e, para minha surpresa, estou prestes a me casar com um homem onze anos mais velho que eu. Sim, onze anos. E claro, contra a minha vontade. Meu pai insiste que este casamento é necessário, uma forma de unir os clãs Contini e Mallardo e alcançar a tão esperada paz. Mas, sinceramente, isso não me convence. Tudo mudou na minha vida quando minha mãe morreu. Antes disso, eu era feliz, ou pelo menos achava que era. Minha mãe era a única capaz de controlar meu pai, fazer com que ele refletisse melhor sobre suas decisões. Desde que ela se foi, sinto que ele está perdido, tentando desesperadamente manter o controle, não apenas da máfia, mas de mim também. Agora, estou sendo usada como moeda de troca para uma aliança que nunca desejei. Na verdade, nem conheço meu noivo. Nunca vi uma foto, não sei absolutamente nada sobre ele, exceto que ele é mais velho. Parece piada, mas essa é a realidade da minha vida. Enquanto isso, preciso esconder esse casamento de Carlos, meu namorado. Ele não sabe, e como eu poderia contar? Carlos é a única coisa boa que me resta. Ele está focado em conseguir uma bolsa para medicina, e aqui estou eu, prestes a me casar com outro homem. Quando penso em tudo isso, a única pessoa em quem consigo confiar é minha abuela. Ela sempre parece saber o que se passa dentro de mim. Ela me conforta, mas ao mesmo tempo, sei que não pode me tirar dessa situação. “É só um ano, Anna”, ela sempre diz. Um ano. Parece uma eternidade. Barcelona, 6:40 da manhã. Acordei cedo como sempre, tomando uma ducha rápida e me preparando para a escola. Enquanto me olhava no espelho, com o uniforme da Elite School, murmurei para mim mesma: “Só mais duas semanas…” Ao descer as escadas, ouvi vozes na sala de estar. Meu pai e minha avó estavam conversando. — Anna tem que ir à recepção — ouvi meu pai dizer. — Angelo, não force a menina a se casar — retrucou minha avó. — Buenos días, papá, abuela — falei ao entrar. Eles pararam de falar imediatamente, tentando disfarçar a tensão no ar. Depois de um breve café da manhã, meu pai me surpreendeu com um pedido inesperado. — Quero que você vá ao cassino esta noite — ele disse, em um tom que não deixava espaço para discussão. — Por quê? — perguntei. — Você saberá quando chegar lá — ele respondeu, sem dar maiores explicações. “Vista-se com roupas de gala”, ele acrescentou. Algo estava claramente errado. Meu pai estava nervoso, como não o via desde a morte da minha mãe. E, claro, minha avó apenas olhava para mim com aqueles olhos tristes, como se já soubesse o que estava por vir. À noite, vesti o vestido preto que meu noivo desconhecido havia comprado para mim. Me olhei no espelho e, apesar da beleza do vestido, senti como se estivesse me preparando para o meu próprio funeral. Desci as escadas, pronta para enfrentar o que quer que fosse. Meu pai, impaciente, me esperava ao lado da porta. Quando me viu, tentou sorrir, mas sua tensão era evidente. Não consegui disfarçar meu descontentamento. Estava furiosa com ele. — Está linda, filha — ele comentou. — Espero que não esteja desapontando a minha mãe, onde quer que ela esteja — respondi, fria. — Anna, eu sei o que estou fazendo. Não seja ingrata — ele retrucou, visivelmente irritado. — Ingrata? O que mais devo fazer, papá? Além de ser vendida como um objeto? — continuei, desafiando-o. Ele se aproximou, o rosto tomado pela raiva. Por um momento, achei que fosse me bater, mas ele recuou. — Eu nunca encostaria um dedo em você, Anna — ele disse, tentando se recompor. — Mas você precisa entender que isso é para o bem de todos. Não quero te perder. — Está me perdendo de qualquer jeito, papá, entregando-me de bandeja para o inimigo — respondi, com uma dor que parecia cortar minha alma. No fundo, sabia que meu pai não era um homem cruel, mas suas decisões me faziam duvidar. Ele estava desesperado, tentando proteger o legado da família a qualquer custo, mesmo que isso significasse sacrificar minha felicidade. Chegamos ao cassino, localizado em um luxuoso navio que zarpava da costa de Barcelona em direção à ilha de Palma de Maiorca. O ambiente, com todo seu luxo e ostentação, só me lembrava o quão sufocada me sentia. Assim que entramos no salão, vi meu pai e minha avó conversando com outras pessoas. Não consegui suportar. Dei meia volta e saí, precisando de ar. — Anna, onde você vai? — minha amiga Tânia me seguiu, preocupada. — Eu só preciso respirar — respondi, tentando controlar as lágrimas. Nos dirigimos até a parte externa do navio, onde o vento fresco me ajudava a manter o controle. Mas o que eu realmente queria era fugir. — Eu estive pensando… — comecei a falar, hesitante. — E se eu me entregar para o Carlos? Tânia me olhou com olhos arregalados, chocada. — Você está louca, Anna? — ela exclamou. — A máfia te mataria… e ao Carlos também. Isso não é uma solução. — Mas seria o fim desse pesadelo. Pelo menos, eu teria algum controle sobre a minha própria vida — murmurei, tentando encontrar algum sentido em meio ao caos. Tânia balançou a cabeça, tentando me fazer enxergar a realidade. — Isso não vai te salvar, Anna. Só vai piorar as coisas. Você precisa ser forte e enfrentar o que está por vir. Um ano vai passar rápido. Olhei para o horizonte, vendo a ilha se aproximar. Aquele deveria ser o momento mais importante da minha vida, mas tudo o que eu conseguia sentir era revolta. Será que minha virgindade fazia parte desse contrato? E se eu me entregasse para o Carlos?Próxima história, te convido a ler comigo o livro Um noite com o tio do meu ex. Júlia Montenegro achava que estava prestes a viver o melhor momento da sua vida. O casamento dos sonhos se aproximava, ela tinha um emprego estável e acreditava que, finalmente, tudo estava no lugar. Mas a ilusão desmorona de forma cruel: ela flagra o noivo nos braços da própria melhor amiga. Sem chão e emocionalmente devastada, Júlia não tem tempo para se recompor. Em poucos dias, sua mãe recebe um diagnóstico grave, e ela é demitida do trabalho. Perdida e em colapso, ela decide afogar a dor em um bar qualquer e acaba se envolvendo com um estranho misterioso, irresistível e completamente fora do seu controle. O que era pra ser só uma noite de fuga vira um ponto sem volta quando ela descobre que o homem em questão é Gabriel Clark, um CEO frio, poderoso e marcado por feridas profundas. Ele não acredita mais no amor desde que foi abandonado no altar e, embora evite qualquer envolvimento emocional, J
CARMEM NARRANDO. Enfim chegamos ao hotel, o dia estava quase nascendo, eram 4h da manhã, a vontade era só tirar a roupa que eu estava. Em um dado momento da festa eu tirei o vestido de noiva e coloquei um outro, quase uma réplica, só que sem todo aquele tecido de calda. Eu queria ficar mais leve, que ficasse mais fácil de caminhar pelo salão ou dançar. Chegamos e resolvemos tomar banhos juntos. Antes disso ele ligou o som na playlist e, a primeira música que começou a tocar, era uma música que eu vivia cantando quando voltamos a ficar juntos. Ele me perguntou se aquela música tinha um significado especial e eu falei que sim, pois eu nunca perdi a esperança que um milagre acontecesse e nós dois voltássemos a ser um casal. A estrofe dizia: “Agora não estamos com medo. Embora saibamos que há muito a ser temido. Nós estávamos movendo montanhas muito antes de sabermos que podíamos, oh, sim”. E, sim, eu não tenho mais medo pois ele está enfim ao meu lado. (When You Believe (fea
ALEX NARRANDO Fui ao banheiro e na volta fiquei olhando aquele salão repleto de pessoas que nós amávamos. Muitas pessoas vieram da Espanha, EUA. Até o avô dos meninos estava presente, inclusive ele nos disse que o tio dos meninos, entendeu tudo depois de muita conversa e que ninguém precisava se preocupar em retaliações. Meus pais estavam com a alegria estampada nos rostos, sendo grandes anfitriões. Eu não poderia estar mais feliz, tudo o que sinto hoje me faz jogar fora toda aquela velha roupa surrada pelo tempo, toda aquela tristeza que me vestia, estou deixando pelo caminho. Aprendi com a vida que sofrer também é uma questão de escolha, quando você tem como escolher, afinal existem momentos na vida que não temos opções, mas quando temos, precisamos só nos erguer e escolher o que faz o nosso coração vibrar e isso se chama querer viver, eu sempre quis viver, mas dentro de mim ainda persistia um vazio. Eu vivia uma vida como se eu fosse órfão de pai e mãe, e que destino c
CARMEM NARRANDO Agora chegou a hora, as portas se abriram e escolhi a música Ave Maria de Shubert, já entrei emocionada, porque como cristã sei que Maria representa em nossas vidas. Estou indo ao encontro do homem da minha vida e aqui diante do pai, o que mais peço é que nossos caminhos sejam iluminados, que a cada caminhada nossas vidas se entrelaçam cada vez mais e possa nos permitir sermos cada vez mais nós com muita pluralidade. Só tinha olhos para ele, eu não via mais ninguém naquela cerimônia porque os nossos olhos se buscavam, meu coração era sentido em cada célula do meu copo e pulsava no mais alto grau, eu confesso que já queria pular para o SIM antes de qualquer coisa, pois SIM, ele era a minha segunda pele, aquele ar que a gente busca em nós não apenas em momentos ruins, mas nos melhores momentos. Éramos dois certamente, mas em sentimento um apenas. Chegamos perto dele e rimos um pro outro e meu pai o abraça e coloca a minha mão na mão dele. — Sei que você
CARMEM NARRANDO Meu Deus falta poucos dias para o casamento, ia ter o aniversário da Karol, mas a avó dela faleceu e infelizmente tivemos que adiar tudo, ela foi correndo para New York. Ficou muito mal com isso e acabou refletindo na relação com o Ruan, foi a primeira vez que brigaram sério, eu não sei bem o que o Ruan tem, e ela anda sem paciência também. Acho que ambos estão descontentes. Uma coisa boa nisso tudo é que as meninas irão vir todas, estou bem feliz, chegam em 4 dias. A nossa casa está linda, a nossa lua de mel vai ser em Kota Kinabalu, na Malásia, tem praias perfeitas e eu não via a hora de chegar lá e poder descansar e esquecer as coisas ruins que aconteceram nos últimos meses. O hospital estava uma loucura, eu tendo que deixar tudo organizado para as meninas tomarem conta, a Roberta vai ficar sendo a coordenadora do setor da pediatria, estávamos com alguns residentes e isso era maravilhoso, passamos a dividir tarefas. A família do Alex cada vez mais entr
ALEX NARRANDO Parece que os dias tem passado mais rápido que o habitual, o meu casamento estava bem perto, a filial da empresa do meu pai enfim foi inaugurada aqui e nesse contexto eu também vou me dividir para trabalhar com ele, além dos meninos que também irão. Dentro da sua holding eu e o Igor vamos expandir uma das empresas que ele tem que é voltada para TI o Vlad também vai trabalhar conosco e a Irina no setor jurídico. Meu pai vai a cada mês nos EUA. A Noemi foi para New York e enfim se deu uma chance com o Peyton, ela não quer me afastar do Ian e ama o que faz na construtora Denaro, que por sinal ela é a chefe do setor de criação. O Payton tem o cargo lá na empresa dos pais e vai passar a trabalhar home office e vem morar em Palermo quando estiver totalmente recuperado. Com isso a casa que eu havia comprado para ela morar no condomínio ela achou melhor não aceitar, e vai morar no condomínio vizinho, eu aceitei sem problemas, só vou mesmo custear a segurança do me
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