Entrei feliz e meu pai estava na cozinha.
— Feliz, minha filha?
Então ele tinha visto, fiquei vermelha da cabeça aos pés.
— Pai, eu sei o que está pensando, e não, não vou me sujeitar a ser amante dele. O que aconteceu hoje não vai se repetir, ele vai se separar.
— Não estou lhe julgando, querida, só lhe perguntei se você está feliz, porque é só isso que me importa.
Eu ia responder, mas ouvimos uma gritaria, fomos para a varanda e Laura estava berrando todo tipo de palavrões e impropérios em frente à nossa casa.
— Está feliz, Helena, sua vagabunda? Pois saiba que é só isso que você vai conseguir dele, uma trepada rápida dentro do carro!
Eu não sabia o que fazer, comecei a voltar para dentro, quando o Víctor apareceu e arrastou a Laura de volta para a casa. Eu estava estarrecida e muito envergonhada.
— Pai, em breve a cidade toda vai saber desse vexame!
— Então, creio que vocês terão que se assumir, minha filha! — Meu pai era sempre compreensivo.
— Eu penso que era melhor a Helena vo