Renato alugou o primeiro andar inteiro em um complexo comercial que recém havia sido inaugurado. Eu achei exagero, mas ele queria uma clínica maior e mais sofisticada do que a última. Como eram os negócios dele e o dinheiro dele, achei melhor não me meter.
Matriculamos o Tiago na melhor escola da cidade, o Renato contratou um motorista para levar e buscar o menino todos os dias.
— Querida, agora que meus carros chegaram, podemos pensar em vender aquele seu Ford antigo, né? — ele disse, durante o jantar.
— Nem pensar! — exclamei horrorizada. — Foi presente do meu pai! Nunca vou me desfazer dele!
— Então vamos mandar reformá-lo todo! Aquele palavrão riscado na lataria, não me deixa confortável!
— É justamente esse o intuito! — falei baixinho. — Eu não posso me sentir confortável, para não fazer besteira!
— Helena! Você não precisa se castigar por culpa! — ele fez um carinho no meu rosto. — O que passou, passou, vamos viver o agora! Veja como o Tiago está feliz! Vamos aproveitar o mom