Víctor
Naquela noite eu não bebi, queria estar sóbrio para conversar com Laura, aquela mulher acabou com a minha vida, e não demonstrava arrependimento genuíno, só aquele teatro de desespero na escola, porque foi desmascarada.
Quando ela chegou, seu rosto estava inchado, o olhar perdido. Eu estava sentado na mesa da cozinha, com o discurso pronto. Quando ela me viu, correu para mim, tentando me beijar. Segurei seus braços.
— Senta, Laura, precisamos conversar.
— Víctor, tudo o que eu fiz foi por amor! — ela choraminhgou. — você precisa acreditar em mim!
— Não, você é doente e dissimulada. E eu não quero mais continuar casado com uma pessoa tão falsa!
— Víctor, você não pode fazer isso comigo! Estamos casados há sete anos! Temos uma linda história de amor!
— Negativo. — falei firme. — Temos uma história medonha de mentiras e armações. Cansei disso!
— Víctor, nós nos amamos! — ela começou a soluçar. — Você precisa me perdoar, as pessoas erram!
— Não, Laura, eu não te amo, você sabe que