CAPÍTULO 76 — AMANDA
Eu sabia que o Carlos estava certo.
Não foi fácil olhar pra ele depois de tudo o que aconteceu, depois de tudo o que disseram sobre ele, depois do escândalo, da festa, dos vídeos, das acusações... mas quando o vi machucado, quando ele me olhou com aquele olhar de quem estava perdido, eu entendi.
Ele só precisava de mim.
E eu... não podia abandoná-lo.
A volta pra casa foi silenciosa. Eu mantinha os olhos na estrada, o corpo ainda quente pelos últimos momentos com Carlos, e a mente focada em uma única missão: falar com o meu pai. Fazer ele enxergar. Fazer ele entender que Carlos era o homem certo, e que tudo o que aconteceu tinha uma explicação. Uma que fazia sentido. Uma que só eu acreditava.
Quando entrei em casa, meu pai estava na sala, sentado, lendo algum documento. Ele me olhou por cima dos óculos. O olhar sério, atento.
— Onde você estava? — ele perguntou, sem rodeios.
— Precisamos conversar. — disse, sem me deixar intimidar.
Ele abaixou os papéis. Me encarou