Na manhã seguinte, o pátio parecia um canteiro de obras em expansão. Vigas, tábuas e telhas se acumulavam perto do galpão principal. Alguns homens descarregavam cimento de um caminhão, enquanto outros mediam terrenos com estacas e linhas marcadas no chão.
Callum estava ali desde cedo, os cabelos presos num coque improvisado e a prancheta encostada no peito. Eu observei de longe o jeito natural com que ele explicava aos voluntários onde deviam cavar. Era fácil esquecer que ele não nascera ali. Parecia que sempre fizera parte daquele lugar.
June apareceu ao meu lado, segurando duas canecas de café.
— Acha que ele sabe que tá todo sujo de tinta na testa? — perguntou, tentando conter o riso.
— Não sei — respondi. — Mas se eu contar, vai fingir que não é com ele.
Ela deu uma risada baixa e passou a caneca pra minha mão.
— Tá feliz? — perguntou, depois de um instante.
— Tô — falei. — E você?
June olhou a base, os contêineres que aos poucos iam virando algo mais sólido. O sol batia em tudo c